Ayman al-Zawahiri, o homem que substituiu Osama bin Laden na liderança da Al-Qaeda e que em novembro passado foi dado como morto, por “causas naturais”, no Afeganistão, apareceu este sábado num vídeo de cerca de uma hora, divulgado para assinalar os vinte anos dos atentados do 11 de Setembro.
No vídeo, intitulado “Jerusalém nunca será judaizada”, al-Zawahiri pediu uma guerra em que “o mundo inteiro será campo de batalha” e louvou uma série de ataques da organização terrorista, incluindo o perpetrado em janeiro deste ano contra militares russos na cidade síria de Raqqa, noticiou a Associated Press.
De acordo com o SITE Intelligence Group, que monitoriza sites de grupos jihadistas e foi quem deu conta da publicação deste novo vídeo, por parte da As-Sahab Media, o canal oficial da Al-Qaeda, esta será uma prova inequívoca de que Ayman al-Zawahiri não morreu em 2020 — o que também não significa que se mantenha vivo, fez questão de dizer a sua diretora Rita Katz no Twitter; só quer dizer que estava em janeiro desde ano.
Ao longo dos 61 minutos e 37 segundos de duração do vídeo, al-Zawahiri também faz referência à saída das tropas americanas do Afeganistão, após 20 anos de guerra.
“No entanto, Zawahiri não menciona a vitória dos Talibãs no Afeganistão, e a sua conversa sobre a ‘saída dos EUA do Afeganistão’ podia ter sido feita logo em Fevereiro de 2020 após o Acordo de Doha. Assim sendo, ele continua a poder estar morto, embora, se assim for, tenha de ter morrido durante ou após janeiro de 2021”, conclui a diretora do SITE Intelligence Group.