O cabeça de lista do Chega à Câmara de Faro, Custódio Guerreiro, defendeu este sábado a criação de um gabinete de apoio à habitação e a construção de fogos a custos controlados através de cooperativas.
“Eu sou a favor da habitação social, mas a custos controlados e a solução que eu tenho, para já, é lançar cooperativas, como aconteceu nas décadas de 1980 e 1990”, disse à agência Lusa o candidato, que se estreia nestas eleições autárquicas na vida política.
A par da habitação a custos controlados, Custódio Guerreiro defende também a criação de habitação social para determinados grupos, como é o caso dos enfermeiros, polícias, professores ou estudantes, exemplificou.
Para o candidato, as cooperativas de construção de habitação constituem “a maneira mais fácil para as pessoas”, porque em vez de terem de arrendar quartos ou casas, têm assim a oportunidade de investir num imóvel, podendo depois, mais tarde, e se assim o quiserem, ceder a sua posição.
O gestor defendeu ainda que as contas e despesas das câmaras sejam publicadas nos boletins municipais, assim como os concursos públicos, para que haja “transparência”, o que “nem sempre tem acontecido” com o atual executivo encabeçado pelo PSD.
Em matéria de habitação na capital algarvia, Custódio Guerreiro lamentou que, passados quase 50 anos, continuem a existir barracas no centro da cidade, referindo-se ao bairro da Horta da Areia, situação que tem de ser solucionada com urgência.
“É uma vergonha ter barracas no centro da cidade de Faro. Aquelas barracas duram ali há quase 50 anos. Temos que ter coragem de ir falar com as pessoas, tentar arranjar uma solução para aquilo e resolver aquele assunto”, sublinhou.
O candidato do Chega, caso seja eleito, pretende também ampliar o número de vagas na rede de creches e jardins de infância, pagos consoante o rendimento do agregado familiar, “porque não é justo que um casal tenha que pagar quase 500 euros para deixar uma criança no infantário”.
O Chega tem como adversários na corrida à presidência da capital algarvia o ‘repetente’ Rogério Bacalhau (PSD/CDS-PP/IL/MPT(PPM – que se candidata a um terceiro e último mandato), o antigo vereador socialista João Marques, Aníbal Coutinho (BE), Catarina Marques (CDU) e Elza Cunha (PAN).
Nas eleições de 2017, a coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM obteve 43,94% dos votos, alcançando maioria absoluta no executivo, com cinco vereadores. O PS obteve 38,06% dos votos (restantes quatro vereadores) e a CDU, com 7,38%, perdeu o vereador que tinha assegurado em 2013.
As eleições autárquicas realizam-se no dia 26.