A Apple está contra a proposta da Comissão Europeia para tornar obrigatório a entrada USB-C em dispositivos eletrónicos, com o propósito de reduzir o lixo criado pela indústria tecnológica. Segundo um comunicado da empresa norte-americana, como citam vários órgãos de comunicação social, como o The Guardian, esta medida “sufoca a inovação”.
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Além desta crítica, a Apple diz estar “preocupada” com o período de dois anos para esta transição que a Comissão impôs. Apesar de em alguns equipamentos que vende a Apple já utilizar entradas USB-C, a empresa tem mantido uma entrada própria para os iPhone, chamada de lighting.
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Segundo Margrethe Vestager, vice-presidente da Comissão Europeia, os fabricantes “já tiveram tempo suficiente para chegar a soluções”. “Esta diretiva visa reduzir o lixo eletrónico gerado pela venda de equipamento de rádio e reduzir a extração de matérias-primas e as emissões de CO2 geradas pela produção, transporte e descarte de carregadores, promovendo assim uma economia circular”, adiantou a responsável europeia.
Há vários anos que Comissão Europeia quer criar um padrão de conectores de carregamento de aparelhos eletrónicos para reduzir o desperdício tecnológico. A Apple tem recorremente defendido que uma medida assim “sufoca a inovação, em vez de incentivá-la, e isso prejudicaria os consumidores na Europa e a economia como um todo”, como afirmou em março deste ano. Quando a Nokia era a empresa dominante no mercado, na década de 2000, o comum era cada fabricante ter o seu tipo de carregador.
Em 2007 surgiu o padrão do Micro USB e os telemóveis começaram a, lentamente, ter mais ou menos o menos carregador e entrada para dados e carregamento. A possível da criação de um carregador universal está a ser falada desde 2009, quando existiam cerca de 30 modelos no mercado europeu e foi assinado um acordo voluntário entre as principais fabricantes de telemóveis na Europa para o harmonizar, como referiu a agência Lusa esta quinta-feira. Contudo, os iPhone sempre tiveram entradas próprias.
Segundo a Comissão Europeia, os últimos dados mostram que os consumidores na União Europeia gastam anualmente cerca de 2,4 mil milhões de euros em carregadores e os que deixam de funcionar criam 11 mil toneladas de lixo marinho por ano.