Tanto ou mais do que a qualidade técnica ou a capacidade tática, um treinador nos dias que correm é um gestor. Um gestor de ambições, um gestor de expetativas, um gestor de frustrações, um gestor de vontades próprias. É por isso que alguns, quando podem ter mais um ou outro reforço para determinada posição, preferem ficar com o que contam para não estragarem aquilo que é o equilíbrio de um grupo. No caso de Mauricio Pochettino, pedindo ou não reforços, teve tudo. Mas ter tudo também pode ser um problema.

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Keylor Navas está desde 2019 no PSG, ano em que Kevint Trapp foi vendido ao Eintracht Frankfurt, Buffon voltou à Juventus e Areola acabou emprestado ao Real Madrid. Tricampeão europeu, com cinco anos nos merengues no currículo que só terminaram com a chegada de Courtois ao Santiago Bernabéu, nunca teve uma grande luta pela titularidade com Sergio Rico e Alexandre Letellier. Pelo menos até agora. E que concorrência encontraram os franceses, que asseguraram o MVP do Campeonato da Europa.

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Habituado aos melhores e mais altos palcos europeus apesar de ter apenas 22 anos, ou não tivesse ele feito a estreia pelo AC Milan ainda em 2015, Gianluigi Donnarumma foi um dos quatro jogadores que chegaram a “custo zero” ao Parque dos Príncipes na presente temporada, a par de Sergio Ramos, Wijnaldum e Lionel Messi. Um guarda-redes, um defesa, um médio e um avançado que, em condições normais e estando 100% fisicamente, eram todos titulares. No entanto, a realidade do italiano está bem distante dessa. E, de acordo com a imprensa transalpina, não deverá melhorar no breve prazo por culpa de um “pacto interno”.

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Segundo o Corriere della Sera, o transalpino é respeitado por todos em França mas jogou apenas dois dos nove jogos oficiais até ao momento (sete na Ligue 1, um na Champions e um na Supertaça) porque, antes da sua chegada e quando se avizinhavam os primeiros compromissos oficiais, foi feito um acordo com alguns dos jogadores sul-americanos como Marquinhos, Neymar, Di María, Paredes e Lionel Messi a favor de Navas, algo que Mauricio Pochettino tem vindo a respeitar em grande parte até ao momento.

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O técnico argentino tem uma missão espinhosa pela frente, como ficou a perceber na receção ao Lyon em que substituiu Lionel Messi e quase que criou um “caso”. E já existe um clube muito atento à situação, até pelo que se tem passado na presente temporada: a Juventus. Apesar de terem conseguido esta semana a sua primeira vitória na Serie A frente ao Spezia, os bianconeri não estarão satisfeitos com o início de época de Szczesny, que falhou em alguns golos como em Udine, e seguem o internacional italiano na tentativa de fazerem de Donnarumma uma versão Buffon 2.0 como quando o ex-número 1 foi contratado ao Parma.