Carlos Moedas despediu-se esta sexta-feira da campanha eleitoral com a tradicional descida do Chiado até aos Paços do Concelho, em Lisboa. Numa marcha com uma boa moldura humana — longe, ainda assim, de outras arruadas semelhantes –, o social-democrata percorreu todo o percurso ao lado de Manuela Ferreira Leite, embalado pelos gritos de incentivo, os cartazes de apoio (“Charlie Coins, We Love You”) e pelo som da fanfarra, que ia ensaiando várias marchas lisboetas.
No final, num último comício com os seus apoiantes, Moedas voltou a lembrar o enorme desafio que decidiu enfrentar para abraçar esta candidatura e desafiou os eleitores a seguirem-lhe o exemplo.
“Mudei tudo na minha vida para estar aqui convosco. Sei que são tempos difíceis, sei que há pessoas que não acreditam nos políticos, mas eu sou diferente, nós somos diferentes. Eu sou daqueles em que basta olharem-me nos olhos e veem o meu coração”, insistiu Moedas.
Sem deitar a toalha ao chão apesar das sondagens desanimadores, Moedas agradeceu toda aquela manifestação de apoio e prometeu continuar a acreditar até domingo, dia em que serão contados todos os votos.
“Foi uma enorme honra, o maior privilégio ser candidato. Vai ser um privilégio ainda maior ser presidente da Câmara. Muito obrigado pela oportunidade que vai unir todos os lisboetas. Estamos fartos deste socialismo de fação”, atirou Moedas, sempre muito aplaudido pelos seus apoiantes.
Já depois do repetido apelo ao voto útil (“Votar Carlos Moedas é a única forma de conseguir a mudança”), com o edifício da Câmara Municipal atrás de sim, Carlos Moedas despediu-se com otimismo. “Agora vou lá dentro buscar as chaves para depois voltar”. A campanha de Carlos Moedas terminou.