Integrada na Volvo e com sede na Suécia, a Polestar foi fundada em 2017 pelo construtor sueco e pela Zhejiang Geely Holding Group Co, sua proprietária. Hoje é um construtor especializado em veículos eléctricos em que o actor Leonardo DiCaprio investiu e que, de momento, produz exclusivamente na China. Mas tem à sua disposição todo o aparelho de produção da Geely e da Volvo, incluindo as fábricas que esta última possui na Europa e nos EUA.

De acordo com a Bloomberg, o lançamento em bolsa que a Polestar está a preparar é associado a uma SPAC (special purpose acquisition company), a Gores Guggenheim, o que, segundo os seus responsáveis, lhe conferirá uma cotação mais estável do que acontece com as startups que acedem directamente à bolsa. Denominada Polestar Automotive Holding UK Limited (PSNY), será listada no Nasdaq. De acordo a marca, a Polestar deverá assegurar uma capitalização bolsista de 20 mil milhões de dólares.

Com este valor em bolsa, a Polestar iguala a valorização atribuída à própria Volvo, que espera lançar-se na bolsa de Estocolmo ainda em 2021. Comparada com outros construtores chineses, a Polestar terá assim um valor em linha com a Xpeng (28 mil milhões de dólares), mas inferior à Saic (37), à Great Wall (43), Nio (67) e BYD (79).

Depois de produzir 10.000 veículos em 2020, a Polestar espera lançar três novos modelos até 2024, de forma a comercializar 290.000 veículos em 2025, alguns deles fabricados nas instalações da Volvo nos EUA. E este lançamento em bolsa é determinante para reunir fundos para alavancar esta estratégia, uma vez que ao contrário de muitos construtores chineses, que são controlados pelo Estado chinês, a Polestar, tal como a Volvo, a Geely e a Lotus, são privadas e pertencem a Li Shufu, que é também o maior accionista da Daimler.

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