A campanha de vacinação contra a gripe volta a arrancar mais cedo este ano por causa da pandemia de Covid-19. A partir desta segunda-feira começam a ser vacinadas as pessoas incluídas na primeira fase, como os utentes e profissionais dos lares e das unidades cuidados continuados, os profissionais do Serviço Nacional de Saúde e as grávidas.

Os utentes do SNS elegíveis para a toma gratuita da vacina contra a gripe vão ser convocados por SMS, telefonema ou carta, por idade decrescente, a partir das unidades de saúde locais.

Diogo Urjais, presidente da Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar, disse à rádio Observador que lamentava que a campanha de vacinação (e esta antecipação) não tivesse sido preparada com mais antecedência e espera que não faltem vacinas nos centros que as estiverem a administrar.

Gripe. Centros de saúde admitem falhas na vacinação. “Processo devia ter sido mais célere”

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Daqui a duas semanas, a partir de 11 de outubro, começa a segunda fase de acesso à vacinação gratuita dos grupos de risco, com as pessoas com 65 ou mais anos e as que são portadoras das doenças definidas pela Direção-Geral da Saúde.

Portugal vai contar com quase três milhões de vacinas, mais 400 mil vacinas do que no ano passado. No total, serão 2,24 milhões de doses para o SNS e 700 mil para as farmácias comunitárias para quem esteja fora dos gripes de risco e desejar adquirir a vacina.

Utentes elegíveis para vacina gratuita da gripe serão convocados pelo SNS

A vacinação nas farmácias, fora dos grupos de risco, é feita mediante receita do médico e só vai ter início daqui a um mês (a 25 de outubro), mas as reservas já começaram com algumas farmácias a contarem já com uma lista de 400 pessoas. A presidente da Associação Nacional de Farmácias, Ema Paulino, disse ao Correio da Manhã que “todas as farmácias contam com lista de reservas”, cerca de 2.800 das 3.200 do país.

Task force está a preparar transição para a vacinação contra a gripe

task force para o Plano de Vacinação Covid-19 diz estar a preparar a transição para a vacinação da gripe. Henrique Gouveia e Melo recordou que a infraestrutura usada contra a Covid-19 vai manter-se disponível, “com pequenas adaptações”, para vacinar a gripe e também para vacinar quem necessitar de uma terceira dose contra a Covid-19.

Diogo Urjais, presidente da Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar, disse à rádio Observador que as vacinas contra a gripe serão asseguradas pelas unidades de saúde locais nos centros de saúde e, caso seja haja necessidade, em outros espaços como os centros de vacinação.