Chama-se Antas Atrium e é o mais recente investimento residencial no Porto, cuja construção começou oficialmente esta terça-feira. “Trata-se de um novo conceito de luxo, um tipo de habitação para a classe média e o maior empreendimento residencial na cidade”, afirmou Carlos Vasconcellos, presidente executivo da Quantico, empresa ligada à reabilitação urbana e a investimento imobiliários, responsável pelo empreendimento, assim como a Albatross Capital.

Nos terrenos do antigo Estádio das Antas, demolido em 2004, vão nascer 169 apartamentos, com tipologias de T0 a T4, distribuídos por 12 pisos, e uma área verde comum de 15.500 metros quadrados. O novo centro residencial vai incluir 18 apartamentos duplex, com varandas e terraços privados, parques infantis, parques para bicicletas, postos para carregar carros elétricos, lavandaria, ginásio, piscina interior e, ainda, uma horta comunitária.

E o que quer dizer a promotora com “classe média”? Os preços começam nos 179 mil euros, por um T1, e um T4 pode chegar aos 756 mil euros. As obras deverão estar concluídas “no último trimestre de 2023”.

Esta terça-feira, Rui Moreira colocou, simbolicamente, a primeira pedra desta obra na zona das Antas

Situado numa zona nobre da cidade, próximo do Via Cintura Interna, de uma estação do metro, de um centro comercial e de vários serviços públicos, o projeto contará com uma arquitetura, assinada pelo ateliê portuense OODA, focada na sustentabilidade. A instalação de painéis solares, o certificado energético ou o aproveitamento das águas fluviais para a regra dos espaços verdes comuns são apenas alguns exemplos dessa preocupação.

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Esta terça-feira, Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, colocou simbolicamente a primeira pedra da obra e recordou que a cidade “é amiga dos investidores, cumpre regras e não complica”. O autarca reeleito recordou que há 20 anos que a zona das Antas está esquecida. “Houve apostas que não se concretizaram e a cidade foi-se virando para o ocidente”, explica, acrescentando que a área foi “perdendo gás” apesar do bom clima e acessibilidade.

Quando o desenho do projeto residencial chegou aos serviços do urbanismo do município, Rui Moreira confessa ter ficado com “um brilhozinho nos olhos”, pois “finalmente, alguém tinha encontrado potencial” nesta artéria da cidade. Sobre as eventuais críticas de não aproveitar estes terrenos para fazer habitação social, o autarca do Porto defende que é necessário “gerar riqueza para depois a distribuir”. “Vocês estão a gerar riqueza e a fazer cidade, a ajudar a fazer cidade”, concluiu.

A Casais é a empresa de construção responsável pela obra e, apesar de a primeira pedra ter sido agora lançada, já se encontram reservadas e pré-vendidas mais de 50 casas.