Uma explosão à entrada da mesquita Eid Gah, em Cabul, causou a morte de “vários civis”, de acordo com a Al-Jazeera, naquele que é o maior atentado na capital do Afeganistão desde que as tropas ocidentais abandonaram o país. O balanço ainda é provisório, mas os talibãs confirmaram a morte de pelo menos cinco pessoas, mais quatro feridos.
De acordo com a emissora árabe, naquela mesquita decorria uma cerimónia em memória da mãe do porta-voz dos talibãs Zabihullah Mujahid.
نن ماسپښین د کابل ښار عیدګاه جامع مسجد دروازې ته نژدې سیمه کې د ملکي خلکو په یوه تجمع کې بمي چاودنه وشوه، چې له امله یې متأسفانه یو شمیر ملکي هیوادوالو ته تلفات واوښتل.
— Zabihullah (..ذبـــــیح الله م ) (@Zabehulah_M33) October 3, 2021
Um dos porta-voz dos talibãs, Bilal Karimi, disse à Associated Press que nenhum combatente do grupo islamista ficou ferido após o ataque, e que as vítimas são civis que estavam do lado de fora da mesquita.
A área ao redor da mesquita Eid Gah foi isolada pelos talibãs, que mantêm no local um elevado perímetro de segurança, enquanto prossegue a investigação.
O atentado ainda não foi reivindicado, mas os talibãs referem que foram detidas três pessoas na sequência do atentado. Desde que os talibãs assumiram o poder, têm enfrentado ataques do ISIS-K, a fação do Daesh naquela região.
O Daesh tem uma forte presença na província de Nangarhar e tem reivindicado vários ataques contra os talibãs, que consideram o seu inimigo, inclusive assassínios de militantes do grupo islamista em Jalalabad.
Desde que os Estados Unidos e os países da NATO abandonaram o país no final de agosto, os atentados em Cabul, no entanto, têm sido raros, embora haja indícios de que o ISIS-K está a aumentar a presença na capital afegã. Na sexta-feira passada, combatentes dos talibãs descobriram um esconderijo do Daesh a norte de Cabul. Na sequência da operação, quatro combatentes talibãs ficaram feridos depois da explosão de uma bomba.
No final de agosto, enquanto decorria a retirada caótica dos militares ocidentais do Afeganistão, um atentado reivindicado pelo ISIS-K causou a morte de mais de 180 pessoas.