Nove casernas de madeira localizados no museu do campo de concentração de Auschwitz II-Birkenau, na Polónia, foram na terça-feira vandalizados com graffitis antissemitas em inglês e alemão com duas referências ao Velho Testamento e com slogans que negam o Holocausto. Polícia foi imediatamente notificada e as equipas de conservação do memorial vão remover as inscrições assim que forem feitas recolhidas todas as provas.

Num comunicado nas redes sociais do memorial, este acidente é descrito como “uma ofensa” e um “ataque ultrajante ao símbolo de uma das maiores tragédias da história humana”. “É um golpe extremamente duro à memória de todas as vítimas do campo de concentração nazi de Auschwitz-Birkenau.”

O museu também indica que está a analisar o material de videovigilância e espera que a “pessoa ou pessoas que tenham cometido este crime hediondo sejam encontradas e castigadas”. Apela ainda a que as todos aqueles que tenham testemunhado o acidente e que estiveram no campo na terça-feira que enviem informações para o memorial, de maneira a facilitar as buscas.

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“O sistema de segurança do memorial do Auschwitz está constantemente a ser expandido. É financiado pelo orçamento do museu, que infelizmente sofreu durante a pandemia de Covid-19”, revela ainda o museu, que indica que assegurar a segurança em todo o campo de concentração ainda não é possível.

De recordar que um homem de nacionalidade sueca foi preso em 2010, tendo cumprido uma pena de mais de dois anos, por ter planeado roubar a placa “Arbeit macht frei” (o trabalho liberta) na entrada do campo de Auschwitz.

Pelo menos 1,1 milhão de pessoas morreram em Auschwitz, maioria das quais eram judias.