Foi no último lance, no último minuto, no último jogo. A última final da Liga de basquetebol foi de longe a mais emotiva dos derradeiros (largos) anos mas terminou da pior forma, com jogadores e estrutura do FC Porto a protestar com uma decisão de arbitragem que viria a ser determinante para o título do Sporting. No rescaldo, houve um pouco de tudo: ameaças de deixar a modalidade, pedidos para que determinado árbitro não voltasse a estar em jogos dos dragões, muitos comentários públicos sobre o sucedido. Nada mudou, nada aconteceu. Mas o clássico desta modalidade manteve a tensão registada em 2020/21.
Naquele que foi o primeiro confronto oficial entre leões e dragões na presente temporada, logo na segunda jornada da fase regular da Liga, registaram-se demasiadas paragens, lances de maior despique entre os jogadores, uma expulsão por segunda falta anti-desportiva anulada (e bem) pelo VAR e menos pontos do que o primeiro período parecia prometer, acabando com a vitória do FC Porto por 78-72 numa fase em que é notória alguma falta de entrosamento dos estrangeiros com a equipa à exceção de Tanner Omlid, MVP da última época que já se destaca nos verde e brancos mas que foi insuficiente para evitar o desaire.
Charlon Kloof até marcou os dois primeiros pontos do jogo mas dois triplos de Michah Downs e Diogo Ventura colocaram os leões na frente num arranque com vários erros ofensivos que deixaram os quatro primeiros minutos sem mais lançamentos de campo convertidos. O tiro exterior dos leões continuou a fazer a diferente até ao final do primeiro quarto, que chegou com uma vantagem de seis pontos (19-13) mas que chegou a ter dez pontos de avanço. Um roubo de bola com conversão de Diogo Ventura estabeleceu depois a vantagem máxima de 27-15, com os dragões a conseguirem nos minutos finais uma reação também com uma defesa mais agressiva que levou o encontro ainda assim em aberto para o intervalo (41-34).
O FC Porto conseguiu depois prolongar essas melhorias que já tinha conseguido mostrar nos minutos finais antes do descanso, num encontro com algumas quezílias à mistura como as que aconteceram depois de uma falta de João Soares sobre Tanner Omlid. Com Max Landis a acertar nos triplos, os dragões passaram para a frente pela primeira vez desde aquele 2-0 inicial por Rashard Odomes a 19 segundos do final do terceiro quarto, concluído com um ponto de avanço para o Sporting (58-57). No entanto, e nos momentos decisivos da partida, os azuis e brancos foram mais fortes, aproveitaram o decréscimo ofensivos dos leões e a baixa percentagem de lançamentos e saíram mesmo com a vitória por 78-72.