O novo primeiro-ministro norueguês, o trabalhista Jonas Gahr Store, apresentou esta quinta-feira os membros do seu executivo, que inclui dois sobreviventes do massacre de Utoya e uma maioria de mulheres.

A nova coligação governamental tomou posse esta quinta-feira, após o ataque de quarta-feira, em que um homem armado com arco e flechas fez cinco mortos e deixou duas pessoas feridas com gravidade na cidade de Konsberg, a sudoeste de Olso.

Cinco mortos e dois feridos em ataque com arco e flecha na Noruega. Suspeito já dera sinais de radicalização e era conhecido da polícia

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De acordo com a polícia, o atacante de Konsberg, cidadão dinamarquês de 37 anos detido após o ataque, é um “radical” que se “converteu ao Islão”.

Dez dos 19 ministros são mulheres, entre as quais as ministras dos Negócios Estrangeiros, da Energia e da Justiça.

Não é a primeira vez que mais de metade dos cargos ministeriais é atribuída a mulheres na Noruega, tendo-se verificado o mesmo nos governos de Jens Stoltenberg em 2005 e 2013.

Outra particularidade do novo governo prende-se com a nomeação de dois sobreviventes do massacre da ilha de Utoya, quando o extremista de direita Anders Behring Breivik disparou armas de fogo contra os participantes de um encontro da juventude socialista, provocando 69 mortos, no dia 22 de julho de 2011. Uma bomba colocada anteriormente por Breivik fez oito mortos, no mesmo dia, na cidade de Oslo.

Os ministros sobreviventes do massacre de Utoya são Tonje Brenna, 33 anos, nova ministra do Conhecimento, e Jan Christian Vestre, 35 anos, ministro do Comércio e Indústria.

Estes jovens responsáveis e talentosos políticos carregam um fardo (do passado). Tenho o sentimento de que demos um passo importante”, disse o novo chefe do Governo.

Minoritário no parlamento, o novo executivo, formado após a vitória eleitoral de 13 de setembro, reúne trabalhistas e o Partido do Centro, que representa essencialmente interesses regionais.