Depois de ter sido a primeira marca de luxo a propor um SUV, o Bentayga, lançado em 2015, a Bentley confirmou que este segmento é dos que mais atraem consumidores, com as versões electrificadas a ganharem um crescente número de adeptos. Na China, por exemplo, 45% dos Bentayga vendidos correspondem à versão Hybrid, com a marca britânica a acreditar que, após o restyling que acaba de chegar aos concessionários europeus, inclusivamente ao português, essa proporção irá aumentar globalmente.

Por cá, a variante híbrida plug-in (PHEV) do SUV inglês, além de ser a única que permite percorrer alguns quilómetros em modo exclusivamente eléctrico, é também a mais barata da gama, sendo proposta por preços que arrancam nos 216.180€, valor que não inclui as necessárias despesas de transporte, preparação e legalização.

Tal como os restantes elementos da gama, o renovado Bentayga Hybrid exibe retoques na estética. A mudança mais evidente incide na secção traseira, com o novo portão da bagageira a toda a largura e novos farolins, mais ovais, enquanto a frente recebe novos pára-choques, faróis e grelha.

No interior, a alteração mais perceptível conduz o olhar para o ecrã central de 10,9 polegadas que estreia um novo sistema multimédia compatível com Apple CarPlay e, pela primeira vez, também com Android Auto, sem necessidade de conexão por cabo. Lá para atrás, está igualmente disponível um tablet de controlo remoto, com um ecrã mais generoso, para entreter os ocupantes dos bancos posteriores que, segundo a marca, têm uma maior amplitude de regulações na segunda fila de assentos (nas versões de cinco lugares) e mais espaço para as pernas. Como seria de esperar de um modelo deste gabarito, o fabricante de Crewe aproveitou ainda para reforçar a conectividade (cartão SIM, carregador wireless para smartphones e portas USB-C de série) e alargar a capacidade de personalização do interior, com novas opções em termos de acabamentos e revestimentos.

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O PHEV combina o V6 biturbo de 3,0 litros com 340 cv e um motor eléctrico de 94 kW (128 cv), integrado na transmissão, para uma entrega conjunta de 449 cv de potência e 700 Nm de binário, que lhe permitem ir de 0 a 100 km/h em 5,5 segundos e atingir 254 km/h de velocidade máxima. A alimentar a unidade eléctrica está uma bateria recarregável em “menos de duas horas e meia” a 7,2 kW (a potência máxima que admite o carregador embarcado), podendo o Bentayga percorrer até 40 km em modo zero emissões, o que não o impede de oferecer uma autonomia combinada de até 693 km e anunciar um “apetite de passarinho” sob o critério WLTP (3,4 l/100 km; 82 g de emissões de CO2 por km).

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Uma das novidades deste restyling passa pela introdução da versão S, de cariz mais desportivo. Em Portugal, onde não está prevista para já a comercialização do W12, esta variante será a que reclama um enfoque mais dinâmico, partindo do mesmo motor de 4,0 litros e 549 cv da versão V8, que por cá tem preços a partir de 252.434€.

O Bentayga S implica o desembolso de uma quantia superior (perto de 30.000€), estando disponível por valores que se iniciam em 282.102€. Em troca, oferece uma sonoridade mais entusiasmante (fruto de um sistema de escape distinto do V8) e usufrui de uma afinação da suspensão 15% mais firme.

Equipado de série com o Dynamic Ride da Bentley, que limita o adornar da carroçaria, o Bentayga S conta ainda com um modo de condução (Sport) especificamente projectado para melhorar o feeling da direcção e responder de forma mais pronta à pressão no pedal do acelerador. Como é natural, esta versão diferencia-se das restantes por um look mais desportivo, para o que contribuem as jantes de 22 polegadas, os grupos ópticos escurecidos e o aileron mais pronunciado, entre outros detalhes.