O índice de preços na produção da indústria transformadora acelerou 10% em setembro, a maior subida da série estatística do INE, que começou em 1995, e foi divulgada esta quarta-feira, refletindo o aumento dos preços dos bens energéticos e intermédios.

O Instituto Nacional de Estatística (INE), na análise divulgada, conclui que a mais recente informação quantitativa revela diferentes dinâmicas da evolução de indicadores nominais e reais, “em particular na indústria, refletindo sobretudo fortes crescimentos dos preços implícitos”.

O índice de preços na produção da indústria transformadora, que tinha subido 9,2% em agosto, acelerou para 10% em setembro, a subida homóloga mais elevada da série do instituto.

O instituto destaca ainda, na nota divulgada, os preços da produção de bens de consumo, que aumentaram abaixo das outras componentes, 2,4% em termos homólogos.

Em agosto, os indicadores do INE de curto prazo (ICP), relativos à atividade económica na perspetiva da produção, apontavam para uma aceleração em termos nominais, enquanto em termos reais refletiam uma redução do índice de produção industrial e uma aceleração na construção, superando, no caso da construção, os níveis do período homólogo de 2019.

O INE salienta também nas exportações e importações de bens, em termos nominais, níveis em agosto superiores aos do período homólogo de 2019, e nos indicadores quantitativos de síntese — atividade económica, consumo privado e investimento — destaca em agosto crescimentos inferiores aos de julho.

Os dados revelam, em setembro, uma queda do indicador de clima económico, que o INE diz ter um comportamento irregular desde julho, quando interrompeu a recuperação registada desde março.

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