O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, e o Chefe do Estado Maior do Exército, o general José Nunes da Fonseca, foram vaiados este domingo em Aveiro por antigos paraquedistas.

Os paraquedistas na reserva protestavam durante uma ação das comemorações do Dia do Exército, que se celebra este domingo, 24 de outubro. O motivo do protesto? Uma alegada ordem para que os paraquedistas em atividade não cantassem, durante o desfile que ainda acontecerá este domingo, os versos “ó pátria mãe, por ti dou a vida / há sempre alguém que não te quer perdida“.

Os versos fazem parte de um cântico tradicionalmente entoado pelos paraquedistas, mas que parece agora incómodo às chefias. À TVI 24, os manifestantes queixaram-se de que as suas tradições estão a ser “descaracterizadas, destratadas” e não se conformam com serem “impedidos de cantar” e “desfilar e marchar à paraquedista”.

Um dos antigos paraquedistas afirmou mesmo estar presente para “dizer ao senhor Chefe do Estado Maior do Exército e ao senhor ministro da Defesa que as nossas tradições não são negociáveis“. Outro apontou, indignado:

“Fizemos missões em nome de Portugal. O senhor general não merece estar no cargo em que está. Estão a acabar com a história dos paraquedistas. Isto é um insulto aos paraquedistas que perderam a vida em nome de Portugal.”.

O Chefe do Estado Maior do Exército foi vaiado e foram-lhe dirigidos insultos e críticas. Também o ministro da Defesa foi alvo de comentários depreciativos. Contactado pela Rádio Observador, o Estado-Maior do Exército não comentou. Questionado em direto, no local, pela RTP, o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, não respondeu.

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