As abóboras esculpidas são a imagem de marca do Halloween, importada dos Estados Unidos da América para todo o mundo e cultivada em filmes, séries e agora também nas redes sociais. É natural, por isso, que nesta altura do ano as abóboras tenham um pico de popularidade, em relação a todo o resto do ano. E sabia que neste mercado, tingido de laranja e bem saboroso, Portugal é um dos maiores produtores da União Europeia?

Segundo o Eurostat, que celebrou o Halloween de 2021 com dados sobre o mercado das abóboras em 2020 na União Europeia, cerca de 31 mil hectares do território dos Estados-membros foram dedicados a cultivar estes legumes e outros tipos de cabaças, resultando em cerca de 760 mil toneladas colhidas no ano passado. Destaque ainda para o facto de 85% deste total ter sido produzido em apenas cinco países: Polónia (com 163 900 toneladas) foi o maior produtor de abóboras da União Europeia em 2020, seguida pela Espanha (com 143 850 toneladas), França (126 230 toneladas), Portugal ocupa o quarto lugar deste top 5 (com 121 060 toneladas) e por fim a Alemanha (86 890 toneladas).

No que toca às importações e exportações em 2020, os números ficam aquém da produção e releva lembrar que o ano passado já foi atípico, devido à pandemia que começou a parar o mundo logo nos primeiros meses. Quanto às importações a União Europeia comprou 48 841 toneladas de abóboras, mais 57% do que em 2019, sendo a maior fatia vinda da África do Sul (24%), seguida de países como Marrocos (12%), Brasil (11%) e Argentina (10%).

Quanto às exportações, em 2020 a União Europeia vendeu  22 614 toneladas de abóbora para fora da UE, 4% mais, em comparação com o ano de 2019. E neste caso, a maior fatia foi para o Reino Unido (69%), seguido da Suíça (18%). Ao analisar mais especificamente estas exportações dos Estados-membros da UE em 2020, o Eurostat concluiu que Espanha foi o país que exportou mais abóboras para países fora da União Europeia (48% das exportações extra-UE em volume) seguida de Portugal (25%), França (11%) e Países Baixos (6%).

Segundo nota no final do artigo do Eurostat, para este artigo o Reino Unido é considerado um país parceiro fora da União Europeia, no entanto, fez parte do mercado interno da UE até 31 de dezembro de 2020 (fim do período de transição do Brexit).

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