Finalmente o Valkyrie, o hiperdesportivo que foi apresentado pela Aston Martin em 2016, terminou o período de desenvolvimento e está pronto para começar a ser entregue aos seus proprietários. Quem adquiriu por 2,5 milhões de euros – valor a que é forçoso somar os impostos – o exuberante coupé inglês de dois lugares, pode preparar-se para receber a sua unidade.
De acordo com o construtor, o primeiro dos 150 Valkyrie que vão ser produzidos foi dado como terminado, faltando apenas uma curta série de testes em pista para confirmar que tudo está a funcionar na perfeição, antes de ser entregue ao seu feliz (e certamente farto de esperar) proprietário. Mas nesta batalha dos hiperdesportivos, a Aston Martin venceu a guerra particular que mantinha com a Mercedes, que está a desenvolver o AMG One, o maior rival do Valkyrie, igualmente optimizado para a rapidez e eficiência de comportamento, mas que continua atrasado.
Em vésperas das entregas a clientes, a Aston Martin revelou alguns dados interessantes a propósito do seu primeiro hipercarro, estatuto a que se ascende ao ultrapassar a barreira dos 1000 cv e uma relação peso/potência próxima de 1, uma vez que o Valkyrie pesa somente 1030 kg, ou seja, menos do que um Peugeot 208. De caminho, os ingleses corrigiram igualmente, em baixa, o valor oficial para a potência, que até aqui apontava para 1176 cv, a soma dos 1014 cv fornecidos pelo imponente 6.5 V12 atmosférico com os 162 cv debitados pelo motor eléctrico do sistema KERS, similar ao que equipa os Fórmula 1 actuais.
Todos os Valkyrie serão produzidos à mão, com a Aston Martin a calcular que serão necessárias 2000 horas para completar cada um dos veículos. De seguida, a “bomba” inglesa vai dar umas voltinhas no circuito de Silverstone, onde o piloto de testes vai certificar-se que o motor a gasolina e o eléctrico trabalham em perfeita sintonia, e que este consegue regenerar energia para a aceleração seguinte.
Aos 150 Valkyrie de série, homologados para circular em estrada, a Aston Martin juntará 25 Valkyrie AMR Pro, cerca de 500.000 euros mais onerosos. Contudo, estes AMR Pro só podem rodar em pista, daí a maior exuberância dos seus apêndices aerodinâmicos.