Três jogos, outras tantas vitórias, dois triunfos pela margem mínima diante da Bielorrússia e da Islândia com muita falta de eficácia à mistura, uma goleada das antigas frente ao Liechtenstein por números que já não se usam (11-0), nenhum golo sofrido. O arranque de qualificação da Seleção Sub-21 confirmou as expetativas nacionais, com uma nova geração a jogar num sistema diferente mas com a mesma ideia de jogo da equipa que na última fase final perdeu na final com a Alemanha. Seguia-se um duplo confronto com o Chipre, em Larnaca e Faro, e com um desafio extra de tentar manter a carreira a ganhar sem Rui Jorge no banco.

Na terra do gelo, Celton manteve a Seleção quente antes de Fábio Vieira brilhar: mais uma vitória (difícil) para os Sub-21 portugueses

“O grupo está tranquilo e sabe o que tem para fazer. Vamos continuar a fazer o que temos feito com normalidade. Esperamos um jogo difícil. O Chipre tem uma boa equipa, com jogadores tecnicistas, mas vamos tentar mostrar a nossa qualidade, conquistar os três pontos em disputa e dar mais um passo rumo ao nosso objetivo”, comentara na véspera Romeu, adjunto de Rui Jorge que substituía no banco o treinador principal que contraiu Covid-19 em vésperas da viagem. E foi mesmo isso que aconteceu, de novo com um jogo assente na posse, na qualidade de passe e na criação de várias oportunidades sem a finalização desejada.

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A entrada foi prometedora mas a primeira ameaça teve uma resposta quase imediata por parte da formação de Chipre: Gonçalo Inácio, na sequência de um canto batido na direita por Fábio Vieira, viu um desvio de cabeça sair muito perto do poste logo no segundo minuto mas pouco depois foi Celton Biai a brilhar como já tinha acontecido na Islândia, travando quase por instinto um remate na pequena área também após canto antes de evitar a recarga ao lance (5′). O encontro começava com muito perigo junto das balizas mas a maior qualidade nacional acabou por surgir de forma natural com o tempo, valendo o primeiro golo no quarto de hora inicial com André Almeida a conseguir ficar com a bola após recuperação em zona adiantada e a assistir Gonçalo Ramos para um remate de primeira em arco que fez o 1-0 em Larnaca (15′).

A vantagem deu redobrada confiança ao conjunto hoje orientado por Romeu, que conseguiu colocar de outra forma em campo o jogo em posse e o ataque organizado que valeu nova oportunidade ao avançado de Benfica na área de cabeça para defesa de Kittos (19′). Fábio Vieira, num desvio após cruzamento de João Mário na direita (30′), e Nuno Tavares, na sequência de um grande passe de Tiago Dantas que foi cortado por um defesa cipriota quando o lateral se preparava para o remate na área (43′), podiam também ter chegado ao golo ainda antes do intervalo, que chegou com Portugal a dominar por completo o rumo da partida.

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O segundo tempo começaria com o ponto comum de trazer oportunidades junto das duas balizas e com um novo protagonista nacional no momento da finalização, Fábio Silva, que viu Kittos evitar por duas vezes o segundo golo que iria praticamente fechar as contas da partida. Romeu pedia de forma bem audível à equipa para “chamar” o Chipre mas o conjunto visitado nunca desmontou a forma de defender, sendo superado pelo virtuosismo de Vitinha que isolou Fábio Vieira após passar por quatro adversários numa jogada fantástica que terminou com a sétima defesa de Kittos no jogo (63′). O encontro chegaria ao fim na vantagem mínima, o que reforçou o primeiro lugar com 12 pontos, mais um do que a Grécia (com mais um jogo).