O Salão do Automóvel de Los Angeles, que abre as portas ao público a 19 de Novembro, foi o palco escolhido pela Kia para apresentar o concept que servirá de base ao seu futuro EV9. O SUV eléctrico é imponente nas dimensões, arrojado no estilo e muito contido no detalhe técnico. Pelo menos, para já.

Com 4,930 m de comprimento, 2,060 m de largura e 1,790 m de altura, estamos perante um SUV com praticamente o mesmo comprimento de um BMW X5, por exemplo, mas com um aspecto mais encorpado, por ser mais largo (4,5 cm) e mais alto (4 cm). Ao contrário do que acontece quando se adaptam plataformas para modelos a combustão, como o concept que antecipa o futuro SUV da Kia a bateria usufrui de uma arquitectura dedicada (Electric Global Modular Platform – E-GMP), consegue tirar o máximo partido disso, impondo-se por uma distância entre eixos de 3,1 m. Para se ter uma ideia, são mais 12,8 cm que o BMW X5 que apontámos para balizar o segmento em que vai militar este novo SUV. Ora, se o EV6 – que também assenta na E-GMP – já oferece espaço de sobra à frente e atrás, o futuro EV9, com mais 20 cm na distância entre eixos que o EV6, vai oferecer uma habitabilidade de topo, podendo integrar três filas de bancos, sem grandes concessões de espaço ou malabarismos de acesso.

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Esteticamente, a Kia continua a explorar a nova orientação estilística “Opposites United” inaugurada pelo EV6, mas aqui o design parece ter sido um exercício levado ao rubro, perseguindo uma imagem “durona” e mais impactante. Certo é que os ângulos abundam, complementando-se com protecções inferiores em plástico, material que surge igualmente a “defender” os guarda-lamas e as embaladeiras. Mas o maior destaque vai para a abertura de portas em sentido contrário, uma opção que prescinde do pilar B, o que fica atraente num protótipo, mas que certamente cederá o seu lugar a uma solução mais convencional na versão definitiva. Outra das notas vai para as barras de tejadilho escamoteáveis, para optimizar a aerodinâmica, como pode ver abaixo.

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No interior, o ambiente é extremamente futurista: o volante não é redondo, mas também não é do tipo Yoke. É algures uma solução a meio-termo, integrando os comandos de marcha. Outra diferença, face ao EV6, é que desta feita o fabricante sul-coreano prefere um display único para painel de instrumentos e sistema de infoentretenimento, de dimensões generosas (27 polegadas) e sensível ao toque, ao invés de dois mais pequenos.

Tecnicamente, os detalhes são escassos. A Kia não menciona a capacidade da bateria, nem faz qualquer referência a motores e respectiva potência. Promete, isso sim, uma autonomia de até 483 km (300 milhas) entre recargas e a capacidade de atingir em 20-30 minutos os 80% da capacidade do acumulador, partindo de 10%, num posto de 350 kW.