Portugal já atingiu o ritmo de vacinação que alcançou entre o fim de março e o início de abril, quando a velocidade na administração de doses da vacina contra a Covid-19 começou a ganhar tração.
Com as 43.695 doses de reforço e adicionais distribuídas ao longo da última terça-feira (o número não inclui as pessoas que iniciaram ou terminaram nesse dia o esquema vacinal original), o país alcança o número médio de doses registado em meados de abril.
Em declarações ao Observador, o epidemiologista Manuel Carmo Gomes, que tem estado a analisar a velocidade da vacinação em Portugal, confirmou que “o ritmo da vacinação está a correr melhor do que parece à primeira vista” e que está a vacinar mais agora do que fazia em janeiro ou fevereiro, quando o processo começou efetivamente no país.
Mas as dificuldades mantêm-se: enquanto em abril o objetivo era vacinar o mais depressa possível, mas sem datas fixas no horizonte, agora a necessidade de vacinar toda a população elegível a partir dos 65 anos antes do Natal — de modo a proteger os mais vulneráveis da possibilidade de infeção durante os contactos típicos da época festiva — acrescenta uma camada de complexidade ao processo de vacinação.
No comunicado em que a Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou o número de doses administradas esta terça-feira, as autoridades de saúde aponta que estes avanços “são possíveis devido à aceleração da vacinação diária dos centros de vacinação, incluindo ao fim de semana, através da modalidade Casa Aberta”.
Neste momento, são elegíveis para dose de reforço as pessoas a partir dos 65 anos que tenham terminado o esquema vacinal ou que tenham estado infetadas pelo SARS-CoV-2 há pelo menos cinco meses (150 dias). Também as pessoas com mais de 18 anos e até 65 anos que tenham recebido a vacina da Janssen há mais de três meses devem ser inoculadas com uma dose adicionar da Pfizer ou Moderna.