A 10 de dezembro, Portugal bateu o recorde absoluto: foram feitos 197.718 testes à Covid-19 no país (55.950 deles foram PCR). Estes são apenas os registados e escapam ao filtro da Direção Geral de Saúde todos os auto-testes que não vão parar ao sistema. Certo é que com o número de testagem a aumentar, é cada vez mais difícil conseguir garantir uma marcação ou até a compra de um exemplar na hora — numa altura em que a venda já foi racionada a um máximo de 10 testes por pessoa. Apesar disso, Ema Paulino, presidente da Associação Nacional de Farmácias, está confiante na resposta ao excesso de procura e os distribuidores garantem ter tudo sob controle. É, acima de tudo, uma questão de paciência, já que a reposição de stocks de testes se tornou numa rotina diária. Para além disso, nos últimos dois dias, mais 60 farmácias juntaram-se ao rol de locais onde se pode fazer os testes comparticipadas — e que são agora 917 farmácias (veja aqui a lista), para além dos laboratórios, avança a presidente da ANF.

“O grande problema continua a ser haver pessoas que acham que precisam de levar 30 testes de uma só vez”, argumenta Ema Paulino. “Há ruturas de stock nas farmácias, mas são falhas momentâneas, repostas rapidamente”, garante. A Adifa — Associação de Distribuidores Farmacêuticos confirma e garante que levar novos testes às farmácias entrou na sua rotina diária.

Na semana que terminou a 10 de dezembro, foram entregues cerca de 200 mil testes nas farmácias, diz fonte oficial dos distribuidores. Segundo Ema Paulino, nessa mesma semana, só as farmácias foram responsáveis por fazer 73 mil testes.

“A tendência é para a estabilidade e para a normalização do abastecimento”, diz fonte da Adifa, lembrando que na primeira semana de dezembro entregaram cerca de 1 milhão de testes às farmácias. O próximo balanço é feito na sexta-feira.

Nas farmácias de Ema Paulino sente-se a maior procura de autotestes e de marcações, principalmente para os dias mais próximos do fim de semana. “Quando fiquei com as marcações cheias, optei por aumentar os recursos e criar novas vagas”, explica.

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