A AHRESP considera que as medidas anunciadas est aterça-feira vieram confirmar os seus receios, uma vez que frustram expectativas dos empresários, apelando à disponibilização de mais testes à Covid-19 e a mecanismos de compensação.

“Estas novas imposições e a obrigatoriedade de teste negativo vêm frustrar as legítimas expectativas que muitos empresários criaram para este período, tanto mais que se regista uma manifesta escassez de testes e dificuldade de agendamento para realizar a testagem”, refere a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) no seu boletim diário.

Numa primeira reação às medidas anunciadas esta terça-feira pelo primeiro-ministro, a AHRESP acentua que, perante a subida do número de infeções se confirmam alguns dos seus receios, com atividades económicas do alojamento turístico e da restauração e bebidas, “ao contrário do que anteriormente estava previsto” terem “agora novas regras a observar neste período festivo, mais restritivas“.

O Conselho de Ministros decidiu esta terça-feira antecipar para dia 25 de dezembro o período de contenção e de apertar a obrigatoriedade de testes no acesso a vários estabelecimentos e atividades.

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Assim, nos dias 24, 25, 30 e 31 de dezembro e 1 de janeiro é obrigatória a apresentação de teste negativo para acesso a estabelecimentos de restauração, casinos, bem como festas de passagem de ano.

Além disso, passa a ser também obrigatório um teste negativo no acesso a estabelecimentos de hotelaria e alojamento local.

Em paralelo, foi ainda decidido tornar o teletrabalho obrigatório a partir do dia 25 de dezembro, e determinado o encerramento dos bares e discotecas a partir dessa data, antecipando-se assim o início do período de contenção que estava previsto iniciar-se em 2 de janeiro.

Neste quadro, a AHRESP defende a criação de mecanismos de compensação às empresas de alojamento turístico, restauração e bebidas, devendo estas ser disponibilizadas de imediato para mitigar o efeito de terem de encerrar a sua atividade ou o efeito que as novas medidas têm nos clientes, nomeadamente cancelamentos de reservas já efetuadas.

A AHRESP apela ainda ao alargamento dos centros de testagem, considerando da “maior relevância” que estes funcionem na passagem do ano.

“Há várias semanas que a AHRESP tem vindo, a nível nacional, a dialogar com as câmaras municipais o estabelecimento ou alargamento de centros de testagem, tendo várias autarquias acedido aos apelos da AHRESP”, refere o boletim, apontando os casos de Albufeira, Cascais, Coimbra, Leiria, Lisboa, Portimão, Porto, Viseu e, em breve, Aveiro, Covilhã, Sesimbra, Évora, Beja e Estremoz.