Os clientes do Centro Comercial River, em Andorra, nem queriam acreditar quando viram um Ferrari 512 TR entrar no estabelecimento. Tudo porque em vez de o fazer pela garagem, como todos os restantes visitantes, entrou pela parede e montra que dá para a rua, partindo ambas. O acidente, que teve lugar no auge do período das compras para o Natal, provocou três feridos, felizmente sem grande gravidade.

Segundo o Diário de Andorra reportou, um condutor de 82 anos “saboreava” o seu  Ferrari 512 TR, a penúltima versão do popular Testarossa italiano fabricado entre 1984 e 1996. Por distracção ou excesso de acelerador, o homem começou por embater no separador do lado direito da avenida, o que o deverá ter levado a corrigir exageradamente e partir em direcção à esquerda, qual trenó puxado por uma dúzia de renas. Primeiro embateu no passeio, para de seguida derrubar a parede e a montra em vidro, entrando de rompante no centro comercial, tendo ficado preso a meio do chassi.

Entre os feridos incluem-se o condutor e a sua acompanhante, de 59 anos, a que se juntou involuntariamente um funcionário do shopping. Todos eles foram conduzidos ao hospital para tratar dos pequenos ferimentos. Quem irá precisar de uma intervenção mais invasiva e, sobretudo, dispendiosa, será o 512 TR (de Testarossa), que além de umas peças da carroçaria em fibra, vai necessitar da atenção dos técnicos da marca para refazer o chassi tubular, pelo menos até meio, entre outros detalhes que certamente transformarão estas “compras” de Natal nas mais caras de sempre.

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O 512 TR foi introduzido no mercado em 1992, tratando-se de uma versão corrigida do Testarossa original, que contudo manteve o essencial da estética e o motor com 12 cilindros e 4,9 litros, capaz de fornecer 428 cv, levando-o com agilidade até aos 314 km/h, depois de deixar para trás os 100 km/h ao fim de apenas 4,8 segundos. Uma das principais características deste 512 TR, como do 512 M (de Modificata) que lhe sucedeu e do Testarossa original é o seu motor de cilindros opostos, tendo sido a última vez que uma unidade motriz com esta arquitectura seria utilizada pela Ferrari. Tudo porque os V12 oferecem mais vantagens do que inconvenientes, possuindo mais potencial tecnológico. Nos dias que correm, apenas a Subaru e a Porsche recorrem aos motores de cilindros opostos, com a primeira a ser pertença da Toyota e a segunda da Volkswagen.