Portugal registou 26.867 novos casos de infeção com SARS-CoV-2 — um novo máximo diário pelo segundo dia consecutivo — e 12 mortes com Covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde.
Tal como já tinha acontecido esta terça-feira — quando se registaram 17.172 —, o número de infetados representa uma subida de mais de 66% em relação ao mesmo dia da semana anterior. E uma subida de 56% nas últimas 24 horas.
Segunda-feira também já tinha tido uma subida de 56% em relação à segunda-feira anterior. No domingo, no entanto, houve uma quebra, provavelmente justificável com menos testes realizados e registados na respetiva plataforma nos dias 24 e 25 de dezembro.
A 9 de janeiro de 2021, tinha-se registado um crescimento de quase 66% em relação a dia 2 de janeiro, mas em nenhum outro momento se tinha atingido uma subida proporcionalmente tão grande comparando os mesmos dias da semana.
Na semana passada, terça e quarta-feira (21 e 22 de dezembro) já tinham registados mais 35% de casos em relação aos mesmos dias da semana anterior (14 e 15), quinta e sábado (23 e 25) apresentavam um aumento de cerca de 50% e sexta-feira (24) também já tinha um crescimento de 64% em relação à sexta anterior (17 de dezembro).
Atualmente, a média a sete dias é de 12.516 casos diários e 14 mortes diárias (em média) — um valor mais baixo do que na quarta-feira passada, com uma média de 18 mortes diárias.
Esta quarta-feira, o boletim da DGS revela uma incidência acumulada de 923,4 em todo o país e 927,6 só no continente — uma subida em relação aos dados da última segunda-feira, quando a incidência era, respetivamente, 804,3 e 807,4 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias.
O índice de transmissibilidade subiu de 1,23 a nível nacional e no continente para 1,29 e 1,30, respetivamente.
Maior subida no número de casos ativos desde o início da pandemia — mais 21.000
A DGS reporta ainda 5.376 pessoas recuperadas da infeção e mais 8.302 contactos em vigilância (num total de 142.947). No total, são 136.020 casos ativos — mais 21.479 nas últimas 24 horas.
Nunca, em 24 horas, Portugal tinha registado um aumento tão grande do número de casos ativos. O maior aumento tinha sido de 8.927, esta terça-feira, e 7.935 a 20 de janeiro de 2021.
Estão 971 pessoas internadas com Covid-19 — mais 35 do que no dia anterior —, das quais 151 estão nas unidades de cuidados intensivos — menos um do que na terça-feira.
Nos últimos quatro dias somaram-se mais 114 doentes internados nos hospitais portugueses, mas as camas ocupadas em UCI continuam abaixo do limiar crítico de 255.
A região de Lisboa e Vale do Tejo registou 11.958 novos casos de infeção (45%) e a região Norte teve 9.069 (34%).
O Centro foi a terceira região com mais casos, com 3.384, seguido da Madeira com 771. O Algarve registou 709 casos e o Alentejo 700. Apenas os Açores ficaram abaixo desta marca, com 276 casos.
A região de Lisboa e Vale do Tejo tem quase metade das mortes com Covid-19 das últimas 24 horas (cinco), seguida do Centro com um terço dos óbitos (três). Houve duas mortes no Algarve, uma no Norte e outra na Madeira. Os Açores e o Alentejo são as únicas regiões sem mortes relacionadas com a Covid-19.
Houve sete mortes entre as mulheres e cinco entre os homens. Seis doentes tinham mais de 80 anos, quatro tinham mais de 70 e dois homens estavam na casa dos 60 anos.
Há mais 1.665 casos de infeção registados entre as mulheres (14.49) do que entre os homens (12.584) nas últimas 24 horas. As mulheres apresentam mais casos em todos os grupos etários, destacando-se a diferença na casa dos 40 anos, mais 537 casos, e na casa dos 50 anos, mais 276 casos.
A faixa etária com mais casos continua a ser a dos 20 aos 29 anos, com 5.383, seguida dos 40-49 anos (5.065) e dos 30-39 anos (4.575). Juntos representam 56% dos novos casos.
Foram registadas 4.779 novas infeções até aos 19 anos (dois terços das quais acima dos 10 anos), que representam 18% do total de infeções. Acima dos 60 anos houve 3.279 infeções (12%).
Desde o início da pandemia já se registaram 1.330.158 casos de infeção e 18.921 óbitos.