O projecto remonta a 2009, ganhou forma em 2021 e promete, em 2022, fazer bater mais depressa o coração dos fãs da marca do escorpião que relembram com saudade o Abarth 1000 Sport Prototipo dos anos 60. A barchetta que combinava leveza e potência, concebido pelo engenheiro milanês Mario Colucci com o propósito de impor a sua superioridade na competição, vai “renascer” pela mão do departamento Heritage da Stellantis, que confirmou à imprensa italiana que serão produzidas pelo menos cinco unidades do 1000 SP moderno. Cada uma a custar “menos de 200 mil euros”.

A informação é veiculada pela Auto Italia Maganize com base nas declarações de Roberto Giolito, o homem que lidera a divisão histórica originalmente criada pela FCA para conservar o legado das marcas do então grupo italo-americano.

Inspirados pela série de triunfos internacionais do Abarth 1000 SP de 60, entre as quais se inclui a vitória nos 500 km de Nürburgring (Setembro de 1966), os designers do Centro Stile Fiat e a Abarth materializaram este ano a reinterpretação contemporânea do spider que contribuiu para o prestígio desportivo da marca. Em Maio, para assinalar os 55 anos volvidos sobre a criação de Colucci, foi criado um exemplar único do novo 1000 SP com base no Alfa Romeo 4C. A ideia era, então, fazê-lo rodar como uma espécie de obra de arte sobre rodas, marcando presença em exposições de automóveis clássicos. Os planos mudaram, confirma a própria Stellantis, e haverá uma meia dúzia de coleccionadores que poderão adquirir o SP do novo milénio.

Face ao antigo, o novo SP mantém-se fiel à receita original: leve, baixo, esguio e aerodinâmico, de linhas simples, mas fluidas e cativantes. Troca o chassi tubular por uma célula central em fibra de carbono e eixo dianteiro em alumínio, deitando mão ao motor que equipava o entretanto descontinuado Alfa Romeo 4C, ou não tivesse o projecto nascido em 2009 como um trabalho conjunto. Sucede que, partindo dessa base, a marca de Arese avançou com um modelo de produção em série e a Abarth nunca o fez. Até agora.

Esta edição superlimitada vai começar a ser produzida em Turim, no próximo ano, exibindo o emblema Abarth Classiche. Desconhece-se se o carro vai ter homologação para estrada ou uso exclusivo em pista. Certo mesmo é que, em termos técnicos, o protótipo tem suspensão de triângulos sobrepostos à frente e um esquema McPherson atrás, montando em posição central o quatro cilindros sobrealimentado com 1742 cm3, a debitar 240 cv e 350 Nm.

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