Especialistas de todo o mundo estão a rever a atual composição das vacinas anti-Covid, apesar de ainda ser cedo para determinar se será necessário desenvolver uma nova contra a variante Ómicron, disse, terça-feira, um perito da OMS.

“Temos a experiência da vacina contra a gripe e constituímos um grupo de trabalho, em coordenação com o setor farmacêutico para determinar se é necessária uma vacina específica contra a nova variante, mas é demasiado cedo”, defendeu em conferência de imprensa o epidemiologista Abdi Mahamud, da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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O perito adiantou que a elevada transmissibilidade da Ómicron levará a que se converta na variante dominante em muitas partes do mundo, o que é um perigo para os países que ainda mantêm grandes grupos de população sem vacinação.

Antes de pensar em vacinas de reforço (alguns países consideram já uma quarta dose), é necessário “garantir o acesso às vacinas nos países sobrepovados, com níveis de rendimento médio-baixos”, afirmou.

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As mutações do vírus “ocorrem em pessoas não vacinadas”, pelo que atacar esta problemática “é uma necessidade imperiosa para travar a doença”, sustentou Mahamud.

A Covid-19 provocou 5.448.314 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.