O Grupo de Apoio Técnico à Implementação das Políticas de Saúde enviou uma proposta à ministra da Saúde em que apresenta três “alterações estruturantes” à forma como o Governo está a lidar com a Covid-19, incluindo uma redução ainda maior do tempo de isolamento para infetados.
De acordo com o jornal Público, o grupo de aconselhamento considera que os casos positivos devem ficar isolados por cinco dias, ainda menos que os sete anunciados pelo Governo na semana passada. O grupo liderado pelo médico João Rodrigues considera que a Direção Geral de Saúde foi “extremamente cautelosa” e que “cinco dias de isolamento bastariam”, à semelhança do que foi anunciado nos Estados Unidos, e adotado na Madeira e nos Açores.
Nesta “proposta geral de revisão da Norma 004/2020 da DGS”, que define os procedimentos a adotar na abordagem do doente com Covid-19, ou caso suspeito, o grupo sugere ainda acabar com o isolamento dos contactos de alto risco vacinados com duas doses. “É um exagero o que está preconizado. Temos é de explicar às pessoas qual o comportamento a adotar, é sempre a mesma coisa – usar máscara, lavar as mãos, e manter o devido distanciamento físico – e fazer uma vida normal, ainda que com medidas de prevenção”, argumenta, citado pelo jornal.
O coordenador do grupo defende ainda um “simplex para as baixas por covid”, sublinhado que esta tarefa está a ocupar “pelo menos 25% do tempo diário de trabalho dos médicos de família”. A proposta é que o teste positivo sirva como declaração de baixa “para a segurança social e para a entidade patronal”.