Em 2021, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) concedeu 109 mil novos títulos de residência (no total, há 771 mil estrangeiros no país). Os cidadãos da União Europeia representam um número significativo das novas entradas: segundo os dados provisórios obtidos pelo Diário de Notícias, chegaram ao país 27.318 cidadãos comunitários, vindos sobretudo de Itália (5.307), mas também de França (4.750) e da Alemanha (3.937).

Também em 2020 se verificou uma grande procura por parte de cidadãos italianos, ainda que o destaque tenha pendido sobre os britânicos. O Relatório da Imigração Fronteira e Asilo de 2020 já então dava conta do “crescimento sustentado dos estrangeiros oriundos dos países da UE”, apontando “a perceção de Portugal como país seguro, bem como as vantagens fiscais decorrentes do regime para o residente não habitual”.

Os mais de 100 mil títulos de residência atribuídos no ano que passou dividem-se sobretudo em três grupos de vistos: reagrupamento familiar (29.473), isto é, imigrantes que vem ao encontro de familiares (cidadãos da UE, mas sobretudo do Brasil, Angola, Índia, Cabo Verde e Guiné-Bissau); os de países extracomunitários, para trabalhar (28.544; sobretudo do Brasil, Índia e Nepal); e, em terceiro, os cidadãos da União Europeia, de Itália, França e Alemanha. Para estudar são 15.405, em grande parte do Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Angola e São Tomé e Príncipe.

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