A ministra do Interior de Moçambique desafiou a polícia de investigação a trazer respostas para os raptos, tráfico de drogas e terrorismo que assolam o país, considerando que o combate à criminalidade exige pessoal “instruído e treinado”.
Cabe ao Sernic [Serviço de Investigação Criminal], enquanto instituição especializada e vocacionada para investigação do crime, trazer respostas contra os raptos, tráfico de drogas e o terrorismo, em particular, disse Arsénia Massingue.
A governante falava na segunda-feira, durante a celebração do quinto aniversário do Sernic, assinalado no domingo.
Para a ministra, a prevenção e combate ao crime exige, por parte da instituição, um “pessoal devidamente instruído e treinado”, reconhecendo que o desempenho do setor “está muito longe” de responder às expectativas dos moçambicanos.
Arsénia Massingue sugere a identificação de “agentes prevaricadores no seio da corporação” e a devida aplicação de sanções disciplinares, como um mecanismo para a recuperação da confiança das comunidades em relação a atuação do Sernic.
As comunidades conhecem os criminosos, mas elas só terão conforto de colaborar se for estabelecida uma relação de confiança mútua, destacou.
A ministra do Interior referiu ainda que os raptos, tráfico de drogas e terrorismo obrigam a instituição a “repensar e a adotar novas e urgentes” estratégias de resposta.
“Os desafios impostos ao Sernic, sobretudo no célere esclarecimento de crimes, exige de todos rigor na observância das normas, emprego de técnicas apropriadas e repúdio aos atos de corrupção”, concluiu.