A TAP vai encerrar a operação de manutenção no Brasil. Desinvestir neste ativo tinha sido um dos compromissos firmados no âmbito da aprovação do plano de reestruturação por Bruxelas.
A TAP comunica, agora, que opção não é a de vender, mas sim encerrar, assim que os trabalhos atuais que tem em mãos estejam concluídos.
Em comunicado a TAP diz que o grupo “decidiu encerrar as operações da TAP Manutenção e Engenharia Brasil SA”, medida que “não interfere na operação de transporte aéreo de passageiros da companhia no país, seu principal mercado exterior”, que representa entre 25% e 30% da receita.
O grupo explica que os serviços de manutenção já contratados ou em andamento “serão realizados normalmente, de acordo com os contratos entre a TAP ME e seus clientes”, mas “não aceitará novos pedidos para prestação de serviços de manutenção”.
Por isso, a operação encerrará efetivamente quando estes contratos foram concluídos, não se dizendo o calendário.
Já no comunicado de Bruxelas se dava conta que a “Manutenção e Engenharia do Brasil, empresa que no passado trouxe muitos prejuízos à TAP e que já foi estruturada e que terá de ser vendida — de preferência — ou liquidada no limite”.
No âmbito da aprovação do plano de reestruturação pela Comissão Europeia, o grupo TAP ficou obrigado a desinvestir na manutenção do Brasil, na Cateringpor e na Groundforce. Isto para que o Estado pudesse avançar com uma ajuda total de 3,2 mil milhões de euros até 2025. No âmbito desse plano, o Estado assumiu a totalidade do capital da companhia aérea portuguesa (TAP SA), mas ficou na SGPS os ativos a desinvestir e a Portugália.
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