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Era um dos comentários mais frequentes no Twitter ao longo da madrugada (manhã e início de tarde em Melbourne): nunca o Tribunal Federal tinha sido tão célere a tomar uma decisão, de tal forma que os três juízes que recusaram por unanimidade o recurso apresentado por Djokovic à revogação do visto por parte do ministro da Imigração, Alex Hawke, estavam noutras tantas cidades (Sidney, Adelaide e Melbourne). Em paralelo, nunca o Tribunal contou com mais de 85.000 pessoas a seguir através do canal de Youtube a sessão, como aconteceu. Tudo foi novo, tudo acabou sem novidade: o sérvio vai ser deportado.
Quase que à espera desse fim anunciado, apesar de ter ganho a primeira decisão em Tribunal no início da semana que lhe permitiu andar a semana toda a treinar na Rod Laver Arena, o número 1 do ranking ATP (que pode perder essa condição se Daniil Medeved ganhar a edição deste ano) emitiu um comunicado onde aceitou a decisão mas mostrando todo o seu desapontamento e agradecendo a quem o apoiou.
“Gostaria de fazer uma breve declaração para abordar a decisão do Tribunal de hoje. Vou agora tirar algum tempo para descansar e para recuperar, antes de fazer mais comentários a propósito de tudo isto”, começou por referir no comunicado, sem pormenores sobre quando e como vai deixar a Austrália.
“Estou muito desapontado com a decisão do Tribunal de indeferir o meu pedido de revisão judicial da decisão do Ministro em cancelar o meu visto, o que significa que não posso ficar na Austrália e não posso participar no Open da Austrália. Respeito a decisão do Tribunal e vou cooperar com as autoridades em relação à minha deportação do país. Sinto-me desconfortável que o foco das últimas semanas tenha sido eu e espero que todos possamos agora focar-nos no jogo e no torneio que amo”, assumiu.
“Quero desejar aos jogadores, aos oficiais do torneio, ao staff, aos voluntários e aos fãs o melhor para o torneio. Finalmente, gostaria de agradecer à minha família, amigos, equipas, apoiantes, fãs e aos meus companheiros sérvios pelo contínuo apoio. Vocês foram a grande fonte de força para mim”, concluiu o ainda número 1 do mundo, que poderá perder esse estatuto caso Daniil Medvedev ganhe.