O sorteio eletrónico para decidir quem é o juiz responsável pelo processo EDP, que envolve os antigos líderes da empresa António Mexia e João Manso Neto, assim como o antigo ministro socialista Manuel Pinho, pôs de novo nas mãos de Carlos Alexandre o futuro do caso, avançou o Eco e confirmou o Observador.

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O sorteio do novo Tribunal Central de Instrução Criminal, designado muitas vezes como “Ticão”, ocorreu esta tarde no Campus da Justiça de Lisboa e foi liderado pela juíza Maria Antónia Andrade.

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A hipótese do caso EDP ser novamente atribuído a Carlos Alexandre era reduzida — há agora nove juízes, e não apenas esse magistrado e Ivo Rosa. Mesmo assim, o caso voltou ao juiz Carlos Alexandre, que, em dezembro, aplicou uma caução de seis milhões a Manuel Pinho e prisão domiciliária com pulseira eletrónica, da qual o antigo governante recorreu.

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O processo das rendas excessivas da EDP está há cerca de 10 anos no Departamento Central de Investigação e Ação Penal.

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O sorteio avançou depois de o Conselho Superior da Magistratura (CSM) ter chumbado uma impugnação interposta pelo juiz Carlos Alexandre e outros quatro juízes do Ticão. Os magistrados contestavam o modelo de redistribuição de processos de Ivo Rosa decidido pelo conselheiro José Sousa Lameira, vice-presidente do CSM.