José Sócrates, antigo primeiro-ministro português eleito pelo partido socialista, recusou comentar a campanha eleitoral, para não “ferir suscetibilidades”, mas deixa um conselho a António Costa: “quem quer uma maioria absoluta talvez devesse começar por não desmerecer a única que o partido socialista teve na sua história”.

Em entrevista à CNN Portugal, o antigo governante acusado por crimes de branqueamento de capitais e falsificação de documentos referiu ainda sobre estas eleições legislativas: “Estou ao lado daqueles com quem sempre estive”.

Vou votar como sempre votei (…) Estamos a ter uma eleições disputadas como há uns meses não se previam”, disse Sócrates

Dizendo que se queria afastar da campanha legislativa em curso, afirmou que, apesar de estar a ser entrevistado durante este período (o mote para a mesma foi o processo que interpôs ao juiz Carlos Alexandre), tem “principais amigos de muitos anos estão neste momento em campanha eleitoral” e que não quer arriscar “ferir as suas suscetibilidades”.

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Quanto ao seu sentido de voto, o antigo primeiro-ministro disse também: “Estou ao lado daqueles com quem sempre estive”. E referiu também que não está “magoado” com o partido socialista. “Gostava que não tivéssemos surpresas nos resultados”, assumiu ainda. Atualmente, o antigo governante diz não tem “nenhuma relação com a direção do PS”

José Sócrates foi eleito líder do Partido Socialista em 2004 e foi primeiro-ministro de Portugal entre março de 2005 e junho de 2011. Em novembro de 2014, o antigo governante foi detido tendo ficado em prisão preventiva durante 10 meses.

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Em abril de 2021 ficou decidido pelo juiz Ivo Rosa que o antigo líder socialista, que estava acusado no total de 31 crimes que envolviam fraude fiscal qualificada e corrupção passiva de titular de cargo político, iria a julgamento apenas por seis crimes (branqueamento de capitais e falsificação de documentos).

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