Vinte e dois atletas russos foram autorizados a competir como neutros em competições internacionais agendadas para este ano, depois de terem cumprido “os critérios de elegibilidade excecionais” da federação internacional de atletismo, anunciou hoje a World Athletics.

“A Comissão de Revisão de dopagem da World Athletics concordou que as candidaturas de 22 atletas russos cumpriam os critérios de elegibilidade excecionais para participar nas competições internacionais como neutros em 2022”, pode ler-se no comunicado do organismo.

Entre os desportistas russos que poderão participar naqueles eventos destaque para Mariya Lasitskene, tricampeã mundial do salto em altura e ouro em Tóquio2020, e Anzhelika Sidorova, prata no salto com vara na capital japonesa.

A federação de atletismo da Rússia, suspensa internacionalmente desde há cinco anos devido ao escândalo de doping em larga escala com apoio das autoridades públicas, continua sem poder apresentar delegações e seleções, mas repete-se a regra de participação individual, sob bandeira neutral (ANA).

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No comunicado de hoje, a World Athletics recorda, contudo, que a federação russa poderá escolher apenas 20 atletas para cada um dos eventos.

A lista de grandes competições incluídas em 2022 são os campeonatos do mundo e os campeonatos da Europa em pista, o Mundial em pista coberta, os campeonatos do mundo de marcha por seleções, o Mundial de meia maratona e o campeonato da Europa de corta-mato.

Para as outras competições internacionais, não há limite à presença de russos, nomeadamente para o Mundial de sub-20.

Os ‘eleitos’ sairão da lista hoje divulgada de atletas registados internacionalmente como respeitando as regras de combate ao doping. Em caso algum poderá haver trocas, depois da designação pela federação russa, e a quota de 20 reduz-se para 15 a cada falha que se venha a encontrar em termos de doping.

A exemplo dos anos anteriores, para serem elegíveis para competições internacionais os russos tiveram de submeter-se às regras estritas que foram impostas, tal como a três testes inopinados negativos nos últimos 12 meses, com pelo menos três semanas de permeio.