Deverá haver mais pessoas isoladas no dia das eleições legislativas, 30 de janeiro, do que foi previsto anteriormente. O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) antecipa, citado pelo jornal i, que o pico de casos nesta vaga pandémica poderá ocorrer mais tarde do que se calculava, pelo que “entre 3% e 7% da população” poderão estar com infeção diagnosticada ou em isolamento profilático no final de janeiro.

“Relativamente aos indivíduos em isolamento ou quarentena, colocámos como hipótese na semana passada que, a verificarem-se os cenários traçados, a 30 de janeiro já deveríamos estar em fase descendente da incidência, pelo que, de acordo com as nossas simulações, esse valor a 30 de janeiro poderia estar entre 3 e 7% da população“, afirmou o epidemiologista do INSA Baltazar Nunes.

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Porém, a evolução recente dos indicadores de propagação do Sars-CoV-2 na sociedade portuguesa está a levar o INSA a refazer as contas e a antever um pico de infeções um pouco mais tarde do que o previsto. “Por esta altura, podemos dizer que é provável que o pico de casos seja atingido mais tarde do que o esperado e, por consequência, a percentagem de isolados a 30 de janeiro seja superior aos valores que projetámos”, assinala Baltazar Nunes.

Na mesma linha, o ex-líder do PSD Luís Marques Mendes citou, no domingo, previsões atualizadas do Instituto Superior Técnico (IST) que apontam para médias de 60 mil casos diários até 31 de janeiro, com um máximo de 50 óbitos e 240 internados em Unidades de Cuidados Intensivos. No final do mês, Portugal poderá ter um milhão de pessoas em isolamento.

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Já a previsão do epidemiologista de Manuel Carmo Gomes aponta para 7 milhões de portugueses infetados na primavera, “o que permitirá uma imunidade natural induzida pela Ómicron”, disse no domingo à rádio Observador.

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