Sob a hashtag ‘SaveRayan’, multiplicaram-se nas últimas 58 horas os mensagens de apoio vindas de todo o mundo à criança marroquina presa num poço em Ighran, uma pequena localidade na província de Chefchaouen, no norte de Marrocos. Mas também os cartoons. De nada valeu. Os ferimentos acabaram por ser fatais e apesar de ter sido levado para o hospital, o rapaz de cinco anos acabou por morrer.

Durante as quatro noites e cinco dias em que esteve preso a 32 metros de profundidade do poço onde caiu quando corria com o pai nesta zona montanhosa — o poço é na verdade aquilo a que costumamos chamar furo de água, um buraco no terreno com apenas 45cm de diâmetro, por onde apenas cabe o corpo de uma criança –, Rayan ficou preso numa curva do buraco, que se prolongava por um total de 60 metros. Recebeu oxigénio, água e comida, foi monitorizado por uma câmara (sabia-se que estava vivo mas muito ferido), e começou a onda de apoio.

Socorristas cavaram um túnel paralelo e um horizontal e chegaram à criança na noite deste sábado, resgatando-o após cavar os últimos metros com as próprias mãos e perante orações conjuntas de milhares de pessoas que não arredaram pé do local. Mas a gravidade das lesões não o salvaram. Apesar da força dos cartoons. E já começaram a surgir os cartoons de tristeza e de condolências.

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