A NASA selecionou duas missões científicas para estudar a dinâmica do Sol, a conexão da Terra com a sua estrela e o ambiente espacial em constante mudança, revelou na quinta-feira a agência espacial norte-americana.
As missões Multi-slit Solar Explorer (MUSE) e HelioSwarm irão fornecer uma “visão mais profunda” do universo e dar informações cruciais para ajudar a proteger astronautas, satélites e sinais de comunicação como o GPS.
“O MUSE e o HelioSwarm fornecerão informações novas e mais profundas sobre a atmosfera solar e o clima espacial”, referiu Thomas Zurbuchen, da NASA, salientando que estas missões fornecerão uma “perspetiva única” sobre os “mistérios” do Sol.
Este anúncio surge um dia depois da empresa SpaceX ter revelado que quarenta satélites da sua rede Starlink, que se iam juntar a uma “constelação” de 2.000 satélites de internet de banda larga, sofreram um impacto fatal devido a uma tempestade geomagnética, que ocorre quando os ventos solares penetram no ambiente espacial ao redor da Terra.
A missão MUSE ajudará os cientistas a entenderem as forças que impulsionam o aquecimento da superfície solar e as erupções que são a base do clima espacial, precisou a NASA.
Graças a esta missão, será possível observar a radiação ultravioleta extrema do Sol e obter as “imagens com a maior resolução já capturadas na região de transição solar e da superfície”.
O objetivo principal do estudo é investigar as causas do aquecimento, a instabilidade da superfície e obter informações sobre as propriedades básicas do plasma que cobre toda a superfície do Sol.
Ao mesmo tempo, a missão HelioSwarm irá registar as primeiras medições multiescala no espaço, das flutuações no campo magnético e movimentos do vento solar conhecido como turbulência do vento solar.
Estudar a turbulência do vento solar em grandes áreas requer medições feitas simultaneamente de diferentes pontos no espaço e, por isso, o HelioSwarm consistirá numa nave espacial central e oito pequenos satélites em órbita sincronizada.
“A inovação técnica dos pequenos satélites do HelioSwarm, que vão operar juntos como uma constelação, oferece uma oportunidade única para investigar a turbulência e a evolução do vento solar”, realçou Peg Luce, vice-diretor da Divisão de Heliofísica da Nasa.