“Finalmente chegou a hora. É sempre especial este sentimento de adrenalina de começar uma época. Todos começam do zero e ninguém sabe muito bem o que esperar. Fizemos bem o trabalho de casa mas só vamos saber o nosso nível face aos nossos adversários quando tudo começar. Toda a equipa está muito unida e forte mentalmente. Detesto ser apenas mais um. Fiz isso demasiado tempo no meu início na Fórmula E, numa altura em que não tive as ferramentas para lutar por vitórias e pelo campeonato. Mas, quando se chega aqui, é viciante e não se quer voltar atrás”, dizia António Félix da Costa no lançamento da temporada.

Depois do abandono no arranque da temporada, António Félix da Costa é 13.º na segunda corrida do Mundial de Fórmula E

O português partia para as duas primeiras corridas na Arábia Saudita com confiança mas alguma cautela. No final, nem um ponto conseguiu. E chegava ao ePrix da Cidade do México já com 33 de atraso em relação ao líder, o suíço Edoardo Mortara da ROKiT Venturi Racing. Fosse pela necessidade de um bom resultado para apagar o mau arranque em Diriyah, fosse para começar a subir na classificação, era uma corrida vital.

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“O México é sempre uma corrida especial. A paixão dos fãs é incrível e sentimos um calor humano diferente do normal. No campo da performance trabalhámos muitas horas no simulador e na fábrica da DS e penso que vamos melhorar algumas das áreas que estivemos menos bem em Riade. Também na parte operacional, temos de garantir que não cometemos erros enquanto equipa, para traduzir o nosso andamento em resultados. Toda a equipa está motivada e empenhada em dar a melhor resposta no México”, dizia antes de chegar a ser o mais rápido nos treinos livres e de partir na quinta posição da geral para a corrida.

Numa corrida em que os Porsches de Pascal Wehrlein e André Lotterer dominaram por completo e com uma vantagem segura em relação à concorrência, António Félix da Costa conseguiu superar um incidente na zona do estádio, fez uma corrida sempre muito regular e terminou na quarta posição, atrás do companheiro de equipa na DS Techeetah Jean-Éric Vergne. Edoardo Mortara conseguiu aguentar ainda o quinto lugar.

Com este resultado, o piloto português subiu ao décimo lugar do Mundial com 12 pontos. Mortara mantém a primeira posição agora com 43 pontos, mais cinco do que o campeão em título Nyck de Vries. Pascal Wehrlein e André Lotterer passaram a dividir o terceiro pontos com 30 pontos. Jean-Éric Vergne também subiu ao sexto lugar com 27 pontos. As próximas duas provas realizam-se a 9 e 10 de abril em Roma.