À medida que as tropas russas avançam sobre território ucraniano, numa guerra que eclodiu na passada quinta-feira e despertou a atenção do mundo, também a realeza se insurgiu contra o conflito na Europa. Se o rei Guilherme Alexandre dos Países Baixos foi dos primeiros a reagir, na própria quinta-feira, a mais recente intervenção pertence aos duques de Cambridge que no sábado assumiram uma rara tomada de posição.

Através das redes sociais, William e Kate expressaram o seu apoio ao povo ucraniano após a invasão russa. O casal real divulgou no Twitter um curto comunicado reconhecendo que em outubro de 2020 teve “o privilégio” de conhecer o presidente Zelensky e a primeira-dama, e que ficara também a par da “esperança e otimismo” que ambos manifestaram face ao futuro do seu país. “Hoje, estamos com o presidente e todo o povo da Ucrânia enquanto eles lutam corajosamente por esse futuro.”

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A mensagem terminou com um emoji alusivo à bandeira azul e amarela do país que agora está nas bocas do mundo, embora não tenha sido a primeira reação da realeza britânica ao conflito que vai escalando de tom e que está perto de ter provocado meio milhão de refugiados. Um dia antes dos Cambridge, era a vez dos Sussex. Na passada sexta-feira, Harry e Meghan adiantaram-se aos familiares ao divulgarem um comunicado na página da fundação que criaram, Archwell, no qual condenavam as ações de Vladimir Putin e incitavam líderes mundiais a tomar uma posição perante o conflito armado.

O príncipe Harry e Meghan, o duque e a duquesa de Sussex, e todos nós na Archewell estamos com o povo da Ucrânia contra esta violação do direito internacional e humanitário, e incentivamos a comunidade global e os seus líderes a fazer o mesmo”, lê-se.

Na manhã de quinta-feira, o rei dos Países Baixos partilhava um apelo semelhante, ao mostrar-se empático com o povo ucraniano e com a comunidade ucraniana no seu país. E, em Espanha, Felipe VI reunia-se no Palácio da Zarzuela para analisar a situação, deixando a rainha Letizia sozinha com a responsabilidade de inaugurar a feira de arte contemporânea ArCo Madrid.

A rainha Isabel II, muito conhecida pela neutralidade política, não fez saber qualquer tomada de posição. Ainda assim, de acordo com a Harper’s Bazaar, a monarca adiou um compromisso diplomático tendo em conta a crise que se vive na Ucrânia. A receção de carácter anual estava inicialmente marcada para o dia 2 de março, a ter lugar no Castelo de Windsor, e previa mais de 500 membros do corpo diplomático enquanto convidados.

Curiosamente, quatro dias antes de a guerra começar, a televisão estatal russa dizia que tanto o príncipe André como o príncipe Carlos “precisavam” de uma guerra na Ucrânia para distrair as atenções coletivas dos sucessivos escândalos reais.