A Procuradoria do Supremo Tribunal espanhol decidiu, esta quarta-feira, arquivar os processos que estavam abertos sobre o património no estrangeiro em nome do Rei Juan Carlos I, noticia o El Mundo. O Ministério Público justificou o arquivamento da investigação, devido à condições de inviolabilidade do monarca enquanto chefe de Estado, à prescrição dos alegados crimes e pelas faltas de indícios em outros casos.

Nos documentos a que o El Mundo teve acesso, todas as investigações em nome do rei espanhol, desde os presentes recebidos pelo multimilionário mexicano Allen Sanginés-Krause até à fortuna ocultada na ilha de Jersey, foram arquivados.

Supremo Tribunal espanhol está a considerar arquivar a investigação a Juan Carlos

Don Juan Carlos começou por ser alvo de investigações em Espanha e na Suíça por possíveis delitos financeiros, que o levaram a abandonar o seu país. Na altura, o ex-soberano escreveu numa carta pública ao seu filho, o atual rei, Felipe VI, dizendo que se ia mudar para o estrangeiro devido às “repercussões públicas de certos episódios” da sua vida privada passada. Em junho de 2020, o Supremo Tribunal espanhol decidiu investigar as suspeitas de delito de corrupção do rei emérito na construção do comboio de alta velocidade entre Medina e Meca, na Arábia Saudita.

A mais recente foi quando o Ministério Público espanhol decidiu abrir, em novembro do ano passado, uma terceira investigação sobre a alegada corrupção que envolve o antigo rei relacionada com uma fortuna escondida de 10 milhões de euros na ilha de Jersey, um paraíso fiscal e a maior das ilhas do Canal da Mancha. Todos estes crimes foram agora arquivados.

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