O projeto da Fábrica de Unicórnios, no Hub Criativo do Beato, em Lisboa, está em construção e prevê-se que fique concluído antes da próxima edição da Web Summit, em novembro deste ano, afirmou esta quinta-feira o presidente da Câmara Municipal.

“Esse projeto está a andar e espero, realmente, mais ou menos antes da próxima Web Summit podermos ter já fisicamente essa Fábrica de Unicórnios no sítio que é o Hub do Beato, mas já com uma estrutura num edifício que está a ser neste momento acabado de construir”, disse o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), à margem da inauguração do novo centro tecnológico da multinacional Evolution, localizado na Avenida 24 de Julho.

A Fábrica de Unicórnios, também designada como Fábrica de Empresas, ideia que integrou o programa eleitoral da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) nas autárquicas de 2021, vai ficar no espaço Factory no Hub Criativo do Beato e a ideia é permitir que grandes empresas ajudem no crescimento de pequenas empresas e que Lisboa seja a “capital da inovação”.

“Estamos a construir e estamos a implementar, realmente, o mais depressa possível as obras desta área do Hub do Beato, para aí nascer esta Fábrica de Empresas, que eu chamo muitas vezes, de uma forma provocadora, uma Fábrica de Unicórnios“, declarou o autarca de Lisboa, ressalvando que as obras podem ter algum atraso, mas a ambição é que o projeto se concretize ainda este ano.

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Sobre a atual conjuntura de conflito, nomeadamente a ofensiva militar na Ucrânia por parte da Rússia, e o investimento de empresas tecnológicas, Carlos Moedas considerou que “a guerra terá sempre um impacto”.

“Estamos num mundo em que vamos vivendo de crise em crise, tivemos a crise pandémica, agora, infelizmente, temos uma guerra, o mundo não pode realmente parar, temos de continuar, terá seguramente um impacto negativo, mas nós vamos tentar colmatar esse impacto negativo”, declarou o presidente da Câmara de Lisboa, realçando a capacidade da capital portuguesa de atrair investidores, como é o caso da multinacional sueca Evolution que inaugurou esta quinta-feira um novo centro tecnológico, com a estimativa de empregar um total de 150 pessoas.

Neste âmbito, a atração de investimento permite a criação de postos de trabalho na área da tecnologia e inovação e “isso vai sempre acontecer, pode não acontecer ao ritmo que poderia acontecer se não houvesse uma guerra, obviamente, mas vai continuar a acontecer”, reforçou o autarca, referindo que Lisboa está em concorrência global com outras cidades e tem de saber captar talento, inclusive através do ativo da diversidade e da multiculturalidade que caracterizam a capital portuguesa como “uma cidade aberta, tolerante, que gosta de outras culturas”.

Carlos Moedas destacou ainda o papel da inovação como “motor do bem-estar e da prosperidade”, em que é através da tecnologia e das novas empresas que se criam produtos que permitem dar capacidade às pessoas para viverem melhor.

“É a nossa história, a história do mundo: começámos por trabalhar a terra no início, depois houve a Revolução Industrial e hoje vivemos no mundo da tecnologia e do conhecimento, portanto, são este tipo de empresas, através da tecnologia, através da capacidade de irem mudando o mundo, que nós vamos criando postos de trabalho”, acrescentou.

Ainda sobre o novo centro tecnológico da multinacional Evolution, o presidente da Câmara de Lisboa enalteceu a escolha pela capital portuguesa entre muitas outras cidades e a importância que terá na criação de postos de trabalho, através de um setor privado na área da tecnologia, que “vai recrutar jovens engenheiros, jovens interessados na computação, designers, artistas, que vão trabalhar nesta empresa sueca”.