A Alpina Burkard Bovensiepen, mais conhecida apenas como Alpina, é um dos mais reputados preparadores e transformadores da indústria automóvel. Criado em 1965, sempre trabalhou de forma muito próxima com a BMW, tanto a desenvolver modelos de competição – quem não se lembra dos sucessos do BMW Alpina 3.0 CSL dos anos 70 –, como posteriormente a dar vida a refinados modelos de série, mais sofisticados no luxo, bem como na potência debitada pelas mecânicas. Apesar de todos os sucessos, o percurso da Alpina como empresa independente terminou a 10 de Março, tendo passado a ser uma subsidiária da BMW.

Faz parte do acordo que a Alpina continue a produzir os seus modelos mais sumarentos até 2025, na essência versões modificadas – e mais desportivas – de modelos da BMW, com a marca alemã a assegurar que continuam a ser produzidas peças de substituição para os veículos até aqui vendidos pela Alpina. Contudo, a fábrica que os produzia, em Buchloe, entrega a alma ao criador, com a BMW a retomar os empregados e a manter os fornecedores.

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O que “matou” a Alpina foi a crescente pressão criada pela necessidade de cumprir as cada vez mais restritivas normas antipoluição. Estas têm tornado cada vez mais difícil extrair mais potência dos motores da BMW, sem ter de investir verbas exageradas face ao reduzido volume de vendas. E potência adicional é exactamente o que os clientes procuram nas criações da Alpina.

Não é evidente o papel que a Alpina irá desempenhar no futuro da BMW, sobretudo agora que os veículos eléctricos vêm aí, juntamente com sistemas obrigatórios de controlo de velocidade, condução autónoma e tudo o resto que torna os modelos desportivos, como os associados directamente à imagem Alpina, menos interessantes. Mas até lá, pode sempre recordar-se dos bons tempos em que a Alpina era uma empresa independente mas próxima da BMW, através deste vídeo da Welt:

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