O exército russo “tem tentado — em vão — encontrar nazis imaginários” na Ucrânia, tal como “estão a tentar, em vão, encontrar ucranianos que os recebam com flores”, apontou o presidente ucraniano, Zelensky, numa missiva noturna depois do 25º dia de guerra (este domingo, 20 de março).

Na nota informativa, enviada à comunicação social, Zelensky aponta: “O exército russo não consegue encontrar um caminho de regresso a casa. É por isso que os nossos soldados os ajudam, indicando o caminho para o julgamento de Deus”.

Para Zelensky, o “julgamento de Deus” que aguarda os soldados russos que atacam a Ucrânia passará por um castigo único, “por tudo o que fizeram ao nosso povo, aos ucranianos comuns”: a “cave eterna, para sempre debaixo de bombas, eternamente sem comida, água ou eletricidade”.

Em Mariupol, defende o Presidente ucraniano, a força aérea russa “lançou uma bomba sobre uma escola de artes” em que “as pessoas se protegiam” de bombardeamentos. “Não existiam ali posições militares. Estavam lá cerca de 400 civis, a maioria mulheres, crianças e idosos. Estão debaixo dos destroços. Não sabemos quantos estão vivos de momento”.

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Mas sabemos que iremos garantidamente abater o piloto que lançou essa bomba. Como já fizemos a quase uma centena de outros assassinos em massa semelhantes”, referiu ainda.

Zelensky lembrou também a intervenção de ontem (domingo, 20 de março) em que se dirigiu ao Parlamento israelita: “O primeiro-ministro israelita Bennett está a tentar encontrar uma forma de negociar com a Rússia. E estamos gratos por isso. Para que, mais cedo ou mais tarde, comecemos a falar com a Rússia, talvez em Jerusalém. Este é o sítio certo para encontrar a paz, se é que é possível encontrá-la”.

O chefe de Estado ucraniano acrescentou: “Pela primeira vez na história, o Presidente de um Estado estrangeiro falou no Knesset [Parlamento israelita] por videoconferência. E falou ao povo de Israel. O Presidente da Ucrânia acusado em Moscovo de ‘nazismo’ falou no Knesset ao povo de Israel. Este facto confirma por si só quão erradas estão as coisas em Moscovo”.

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