A guerra na Ucrânia parece não incomodar nem merecer a censura dos russos. Uma sondagem publicada esta quarta-feira por uma empresa independente mostra que a taxa de aprovação de Vladimir Putin disparou. Em janeiro deste ano estava nos 69%, em fevereiro nos 71% e em março atingiu máximos que só tinham sido registados há cinco anos: 83%. 

Outro indicador que sofreu uma forte subida foi a confiança nas ações do governo russo. Se no mês passado se situava nos 55%, este mês subiu 15 pontos percentuais, estando agora nos 70%.

Numa altura em que os canais do Ocidente deixam de estar disponíveis na Rússia e que a divulgação de informação sobre a guerra é cada vez mais controlada, 69% dos inquiridos na sondagem acredita que a Rússia está a seguir um bom caminho (em fevereiro, a percentagem era de 52%), enquanto apenas 22% diz que o país está a seguir o caminho errado (em fevereiro, a percentagem era de 38%).

A taxa de aprovação do primeiro-ministro russo também aumentou, passando de 60% em fevereiro para 71% em março. Há um ano, apenas 56% dos russos acreditava que Mikhail Mishustin estava a realizar um bom trabalho.

Outras figuras da cúpula do Kremlin também viram a sua taxa de aprovação aumentar durante o último mês. O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, aumentou a sua popularidade em 16 pontos percentuais, enquanto a do ministros dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, subiu 15 pontos percentuais.

Esta sondagem foi realizada entre 24 a 30 de março de 2022, tendo contado com 1.632 inquiridos com 18 ou mais anos nas 50 entidades constituintes da Federação Russa. Embora se trate de uma empresa de pesquisas independente, a Sky News nota que muitos que responderam a esta sondagem podem recear represália por parte do governo russo.

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