O Governo já entregou, em Bruxelas, o plano orçamental para 2022. O documento já está disponível na Comissão Europeia, replicando a proposta de Orçamento do estado apresentada na semana passada por Fernando Medina, ministro das Finanças.

O documento aponta para um défice este ano de 1,9%.

Segundo é descrito no projeto de plano orçamental (como é chamado), o Orçamento para 2022 “é apresentado no contexto de recuperação da economia portuguesa, mas também num contexto de incertezas e novos desafios resultantes da invasão da Ucrânia pela Rússia”.

O Governo reconhece que as tensões geopolíticas provocadas por esta invasão, em fevereiro, “exacerbam as pressões inflacionistas, em particular através da aceleração do aumento dos preços de combustíveis, outras matérias-primas energéticas e vários bens primários”. Mas acrescenta uma nota de otimismo: “Portugal está em boa posição para enfrentar os atuais e futuros desafios com confiança, dada a resiliência conquistada nos últimos anos”. E enumera as taxas de vacinação (altas), as taxas de desemprego (relativamente baixas) e, em terceiro, as “políticas de sustentabilidade das finanças públicas que o país seguiu”, que permitiram que o défice ficasse abaixo de 3%, “e reforçando a credibilidade externa” de Portugal. “Esta estratégia assegurou estabilidade e segurança no financiamento do país, particularmente importante no atual ambiente de incerteza e dá confiança no caminho de recuperação da economia portuguesa”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O Governo prevê para este ano, além de um défice de 1,9%, uma taxa de crescimento da economia de 4,9% (ainda hoje o FMI reviu em baixo a sua projeção para o PIB português para 4%).

Há uma escalada de preços, há uma guerra, haverá menor crescimento, mas Medina defende Orçamento de proteção