Oleksiy Danilov, secretário de Segurança Nacional e do Conselho de Defesa da Ucrânia, revelou, esta quinta-feira, que a Rússia enviou três grupos de militares para assassinar o Presidente ucraniano, num plano que contou com a colaboração do líder checheno, Ramzan Kadyrov.
Os preparativos para o assassinato de Volodymyr Zelensky foram discutidos a 3 de fevereiro, três semanas antes da invasão, numa reunião entre Vladimir Putin e Ramzan Kadyrov. O líder checheno prometeu ao Presidente russo que iria contratar três grupos para levar a cabo a missão.
Citado pela agência de notícias Ukrinform, Oleksiy Danilov garantiu que os serviços secretos ucranianos tinham conhecimento deste plano da Rússia, que acabou por falhar.
Os grupos militares entraram em território ucraniano a 26 de fevereiro. Com base no plano do Presidente russo, que previa que a Ucrânia seria conquistada em pouco dias e que Kiev cairia em três dias, os alegados assassinos de Volodymyr Zelensky esperavam um “corredor verde” para conseguir chegar à capital ucraniana e matar o chefe de Estado.
Contudo, como a Ucrânia conseguiu resistir à ofensiva e a tomada de Kiev não correu como desejado, as forças ucranianas conseguiram localizar estes três grupos, chegando a eliminar um deles. “Os outros dois espalharam-se” pelo território ucraniano, avançou Oleksiy Danilov, acrescentando que um deles está “na região de Donetsk” e outro “na cidade da Mariupol”. “Não estão na linha da frente” dos combates, adiantou o secretário.
Sobre o líder checheno, que alega ter estado em Mariupol e em outros pontos da Ucrânia, Oleksiy Danilov salientou que Ramzan Kadyrov “usa montagens” para “fingir que está em cenários de guerra”. “É um disparate”, assegurou.
Putin e Xi Jinping apresentam esta sexta-feira, em Pequim, “visão comum” sobre segurança global
A reunião entre o Presidente russo e o líder checheno aconteceu um dia antes de Vladimir Putin e Xi Jinping terem assinado uma declaração comum sobre a “entrada das relações internacionais numa nova era”, existindo uma “visão comum da Rússia e da China […] em particular sobre questões de segurança”.