Pelo menos dez pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas num atentado suicida ocorrido esta sexta-feira numa mesquita de Cabul onde se encontravam centenas de fiéis reunidos para a oração, admitindo-se um número maior de vítimas, indicou um porta-voz talibã.

O atentado registou-se na mesquita sufi de Khalifa Aga Gul Jan, na zona oeste da capital do Afeganistão, pelas 16h20 locais (12h50 em Lisboa), quando um atacante suicida detonou uma carga explosiva no interior do recinto, afirmou o chefe da polícia local, Hafiz Omar.

“Após a explosão foram transportados seis mortos e 50 feridos, e alguns dos feridos foram enviados para outros hospitais”, indicou uma fonte hospitalar citada pelas agências internacionais que pediu o anonimato.

A organização não-governamental (ONG) italiana Emergency, que possui um dos principais hospitais em Cabul, também informou, através da rede social Twitter, que a sua unidade hospitalar recebeu pelo menos dois mortos e 21 feridos.

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O atentado ainda não foi reivindicado por qualquer grupo.

O incidente desta sexta-feira insere-se numa sangrenta vaga de ataques que decorreram nas últimas semanas no Afeganistão, com um balanço de dezenas de mortos e feridos. Os ataques têm visado mesquitas, meios de transporte e centros educativos.

Na quinta-feira, dois atentados simultâneos foram registados no país, com explosões em autocarros que se dirigiam para as zonas rurais de Mazar-i-Sharif, capital da província de Balkh (norte), que deixaram pelo menos dez mortos e 13 feridos.

Este duplo atentado, reivindicado sexta-feira pelos “jihadistas” do Estado Islâmico (EI), coincide com a campanha desencadeada há duas semanas pelo novo porta-voz do grupo extremista, Abu Omar al Muhager, e designada “Vingança dos dois chefes”, numa referência às mortes do anterior líder da organização e de um dos seus porta-vozes.

Há uma semana, um atentado com explosivos numa mesquita da província de Kunduz, norte do Afeganistão, provocou pelo menos 33 mortos e dezenas de feridos.