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Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 66.º dia do conflito na Ucrânia

Este artigo tem mais de 1 ano

Durante a noite foram bombardeados 389 alvos ucranianos, anunciou o Ministério da Defesa da Rússia. Sergei Lavrov, em entrevista, pediu aos EUA e à Nato que parem de armar Kiev.

Destruction in Mariupol as Russia continues to attack Ukraine
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Anadolu Agency via Getty Images

Anadolu Agency via Getty Images

Apesar de continuar concentrada essencialmente no leste do país, a ofensiva russa na Ucrânia mantém-se um pouco por todo o território, com parte dos 389 alvos atingidos durante esta madrugada, números do Ministério da Defesa russo, localizados junto a cidades do centro e do oeste do país, nomeadamente Kiev, Lviv e Ivano-Frankivsk.

ANA MARTINGO/OBSERVADOR

Na na manhã deste que é o 66.º dia do conflito, denunciou o o chefe da Administração Militar-Civil de Popasna, cidade no oblast de Lugansk, foram bombardeados dois autocarros de evacuação de civis. “Ontem evacuámos 31 pessoas de Popasna. Havia muito mais pessoas [dispostas a evacuar], pelo que mais dois autocarros foram enviados para a cidade. Sabe-se que chegaram à povoação e ficaram sob fogo inimigo. Os autocarros foram bombardeados”, escreveu Mykola Khanatov no Telegram.

Já a tarde e a noite ficaram marcados por novos ataques russos — em Odessa, a Rússia destruiu a pista do aeroporto da cidade — e pela descoberta de uma nova vala em Bucha, onde estavam cadáveres com sinais de tortura. Houve, no entanto, um cessar-fogo na fábrica Azovstal, em Mariupol, para permitir a saída de 20 mulheres e crianças.

Eis um ponto da situação, para ficar a par do que aconteceu nas últimas horas da guerra na Ucrânia. Pode ler também o liveblog do Observador, onde todas as notícias sobre o conflito são atualizadas ao minuto.

Rússia dispara contra dois autocarros de evacuação de civis no oblast de Lugansk

O que aconteceu durante a tarde e a noite:

  • Ataques com mísseis russos em Odessa atingiram o aeroporto da cidade. O exército ucraniano avançou depois que a pista de descolagem do aeroporto ficou seriamente danificada e está agora inutilizável. Já o governador de Odessa confimou que os mísseis foram disparados através da Crimeia e que não houve vítimas.
  • Foi encontrada uma nova vala, numa floresta no distrito de Bucha, onde jaziam três cadáveres com sinais evidentes de tortura. Os corpos dos três homens tinham, para além de mãos atadas, vendas nos olhos e mordaças.
  • Quatro civis, incluindo uma criança, morreram em novos ataques russos a Donetsk, e oito pessoas ficaram feridas. Fonte da polícia regional adiantou que nas últimas 24 horas foram bombardeados e atingidos pelo menos 36 edifícios civis, incluindo uma escola e um hospital.
  • A Ucrânia e a Rússia fizeram mais uma troca de prisioneiros, confirmou a vice primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshcuk. Graças a esta troca, a Ucrânia — que não divulgou quantos prisioneiros russos libertou — conseguiu a libertação de sete soldados e sete civis, incluindo uma mulher grávida de cinco meses.
  • O exército ucraniano disse esta tarde que os aviões de combate russos continuavam a lançar ataques contra a cidade de Mariupol, que está cercada há semanas. No entanto, poucas horas depois, um representante do batalhão Azov confirmou a existência de um cessar-fogo na fábrica Azovstal, o principal alvo neste momento em Mariupol, que serviu para deixar sair 20 civis para Zaporíjia, todos eles mulheres e crianças.
  • Um avião militar russo violou, por alguns momentos, o espaço aéreo da Suécia, disse o Governo sueco, que descreveu a ação russa como “totalmente inaceitável”, “sem profissionalismo” e “muito inadequada” neste contexto.
  • No seu discurso diário, Volodymyr Zelensky garantiu que a Rússia está a chamar mais soldados para levar a cabo “novos ataques” no Leste do país, mesmo tendo consciência das “baixas planeadas” que irá sofrer em território ucraniano, e deixou um apelo aos soldados inimigos: “É melhor sobreviverem na Rússia do que morrerem no nosso país”.

O que aconteceu durante a madrugada e a manhã:

  • Em entrevista à agência de notícias chinesa Xinhua, Sergei Lavrov garantiu que “a invasão que começou em 24 de fevereiro está a seguir de acordo com o planeado” e deixou um pedido à comunidade internacional. “Se os Estados Unidos e a NATO estiverem realmente interessados em resolver a crise ucraniana, então, acima de tudo, devem acordar e parar de entregar armas”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros russo;
  • De acordo com o Ministério da Defesa russo, durante a noite que passou foram atingidos 389 alvos ucranianos, “entre eles, 35 postos de comando, 41 bastiões, 169 áreas de concentração de soldados e equipas militares, 33 posições de artilharia, assim como 15 armazéns de foguetes e armas de artilharia e munições”;
  • Vladimir Putin recusou por três vezes os apelos do Papa Francisco para a abertura de corredores humanitários para retirar civis de Mariupol, está a avançar o jornal italiano Il Messaggero. De acordo com o jornal, apesar de o Papa ter “tentado convencer” em três ocasiões diferentes o Presidente russo, a resposta foi sempre a mesma: o Kremlin “não pode garantir a segurança”;
  • As Forças Armadas da Ucrânia dizem que, desde o início da ofensiva, a Rússia já perdeu 23.200 soldados. De acordo com a mesma fonte, foram também abatidos 1.008 tanques, 2.445 porta-aviões blindados, 1.701 veículos, 436 sistemas de artilharia, 151 sistemas de lançamento múltiplo de rockets, 77 sistemas de defesa antiaérea, 155 helicópteros, 190 aviões, 76 tanques de combustível, e oito barcos;
  • Os serviços de informação britânicos fizeram na manhã deste sábado um ponto de situação do conflito. Reconhecendo que há melhorias na estratégia russa, os britânicos apontam para “insuficiências na coordenação tática” e “apoio aéreo inconsistente” e dizem que os avanços falhados no nordeste da Ucrânia, que obrigaram ao reagrupamento e redistribuição de forças, resultaram em “unidades depauperadas” e em tropas desmoralizadas.

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