A evacuação de Mariupol foi retomada esta manhã, mas o processo não está a correr como planeado. Os cerca de 100 civis retirados ontem da fábrica de Azovstal, em Mariupol, começaram a chegar esta manhã a Zaporíjia.
O Presidente ucraniano anunciou, no domingo, que irá até à cidade no sul do país para se encontrar com estas pessoas que estiveram várias semanas na fábrica para se protegerem dos bombardeamentos russos. É a primeira vez que Volodymyr Zelensky sai da região de Kiev desde o início do conflito.
O que aconteceu durante a tarde e a noite?
- Um dos comandantes ucranianos que se encontra na fábrica de Azovstal, na cidade portuária de Mariupol, disse que os bombardeamentos russos naquela área foram constantes durante todo o dia.
- As forças ucranianas dizem estar neste momento a recuperar o controlo de territórios a norte e leste de Kharkiv, que é a segunda maior cidade da Ucrânia, o que torna mais difíceis os ataques russos com mísseis.
- As autoridades ucranianas avançaram que uma criança morreu na sequência de um ataque por míssil russo, em Odessa. O bombardeamento atingiu uma igreja e um edifício residencial.
- As autoridades ucranianas denunciaram, esta segunda-feira, o aparecimento de oito valas comuns com cerca de 150 pessoas na região de Kiev. A descoberta foi feita após a retirada das tropas russas.
- A procuradora-geral ucraniana disse que terá sido identificado o primeiro suspeito dos massacres em Bucha, cidade onde foram encontrados cerca de 400 cadáveres de civis.
- A Rússia quererá “anexar” as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, denuncia um dirigente norte-americano citado pela Agence France-Presse.
- Zelensky acusa o ministro dos Negócios Estrangeiros russo de antissemitismo, após este ter dito que Hitler tinha sangue judeu. Sergei Lavrov “está a culpar o povo judeu pelos crimes nazis”.
- Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, considera que a guerra “poderia ter sido evitada” se Vladimir Putin“não tivesse a ilusão de que a Europa não precisa da Ucrânia”. “Foi um erro de cálculo da parte dele.”
- Foi uma provocação ao Reino Unido. Dmitry Kiselyov, um dos aliados de Vladimir Putin e um dos principais estrategistas do Kremlin, fez uma ameaça nuclear ao país.
- A Alemanha está preparada para apoiar um embargo imediato da União Europeia ao petróleo russo, admitiu o ministro da Economia à entrada para a reunião de emergência dos ministros da energia para discutir a crise energética e a quebra do fornecimento do gás russo à Polónia e à Bulgária.
- A Finlândia estará a planear construir vedações de alta segurança em partes da sua longa fronteira terrestre com a Rússia, de acordo com informações veiculadas pela imprensa finlandesa.
- Tal como a Finlândia, a Suécia deverá anunciar a sua candidatura à NATO em maio. De acordo com a imprensa sueca, os dois países deverão anunciar a candidatura ao mesmo tempo, estando já marcada uma reunião para a terceira semana de maio.
- O primeiro-ministro, António Costa, vai reunir-se com o seu homólogo ucraniano, Denys Shmygal, na quarta-feira, por videoconferência, tendo as conversações como temas centrais as relações bilaterais e a guerra provocada pela invasão russa da Ucrânia.
- O autarca nomeado pelas forças russas na cidade de Berdyansk foi condenado por pedofilia, acusa um dos conselhos do Presidente ucraniano, Mykhailo Podolyak.
- O secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, Oleksiy Danilov, fez fortes acusações à Hungria. De acordo com o responsável, Budapeste soube de antemão os planos russos de invadir a Ucrânia.
- O chefe do Estado-Maior do Exército russo esteve na semana passada na frente de combate na região do Donbass, referiu fonte do Pentágono, sem confirmar os rumores de que Valery Guerassimov terá sido ferido no leste da Ucrânia.
- O primeiro-ministro Boris Johnson vai dirigir-se ao parlamento ucraniano esta terça-feira.
O que aconteceu durante a manhã e início da tarde?
- Os cerca de 100 civis retirados este domingo da fábrica de Azovstal, em Mariupol, já começaram a chegar a Zaporíjia e há mais duas localidades que vão receber civis: Mangush, a leste de Mariupol, e Lunacharsky, na região de Zaporíjia. Os enviados do Observador à Ucrânia, João Porfírio e Carlos Diogo Santos, encontram-se em Zaporíjia a acompanhar a chegada dos deslocados.
- No mesmo dia em que foram retirados civis de Mariupol, este domingo, a Rússia bombardeou a fábrica de Azovstal, avançou Petro Andryushchenko, assessor do autarca da cidade portuária.
- As poucas informações que chegam sobre a retirada de pessoas de Mariupol adiantam que existem alguns atrasos no processo, sobretudo por causa dos bombardeamentos russos este domingo. A Reuters adianta que há ainda várias centenas de pessoas no complexo industrial e estão a registar-se atrasos.
- O bloqueio russo dos portos do Mar Negro pode resultar na perda de dezena de milhões de toneladas de cereais para a Ucrânia. Zelensky disse que “a Rússia não deixa os navios entrar e sair” do Mar Negro.
- Também no Mar Negro, as forças ucranianas destruíram esta segunda-feira dois navios de patrulha russos, na sequência de um ataque com drone.
- A Rússia terá atingido a míssil uma importante ponte na cidade portuária de Odessa, segundo o porta-voz da administração regional de Odessa, Sergey Bratchuk.
- A embaixada norte-americana deve reabrir este mês em Kiev.
- O Teatro Bolshoi, de Moscovo, cancelou um bailado e uma ópera dirigidos por críticos da invasão russa da Ucrânia.
- Segundo o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, já saíram da Ucrânia mais de 5.5 milhões de pessoas.
- As forças russas roubaram equipamento agrícola ucraniano, mas não o podem usar, uma vez que foi desativado à distância.
Forças russas roubam equipamento agrícola ucraniano, mas descobrem que foi desativado à distância
- A Finlândia deverá anunciar no próximo dia 12 de maio a decisão de se candidatar a Estado-membro da NATO.
- O governo de Israel exige pedido de desculpa de Lavrov, depois de frase para justificar “desnazificação”. “E se Zelensky é judeu? Isso não nega a presença de elementos nazis na Ucrânia”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia.
- A presidente da Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, disse esta segunda-feira que a União Europeia se deve “comportar de maneira semelhante” a Washington, em relação às sanções contra Moscovo.
O que aconteceu na noite de domingo e esta manhã?
- Foram registadas duas explosões na cidade russa de Belgorod, a sul do país e junto à fronteira com a Ucrânia. Segundo o governador da região, não há registo de danos ou vítimas.
- Os ministros europeus com a pasta da Energia reúnem-se em Bruxelas numa reunião de emergência do Conselho da União Europeia (UE) para discutir a crise energética associada à invasão russa da Ucrânia após o corte no abastecimento de gás por parte de Moscovo à Bulgária e à Polónia.
- A primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, vai estar durante esta semana na Europa para visitar a Roménia e a Eslováquia, onde se vai encontrar com famílias ucranianas, maioritariamente mulheres e crianças, que fugiram da guerra na Ucrânia.
- A Rússia vai demorar “anos” a reconstruir parte das suas forças militares de elite depois das perdas que está a sofrer na Ucrânia, diz o Ministério da Defesa do Reino Unido numa atualização informativa sobre os avanços no terreno.
- Este domingo, no seu habitual discurso diário, o Presidente da Ucrânia destacou “quatro horas” de negociações “multifacetadas” com a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, que esteve em Kiev este domingo.
- O primeiro-ministro pediu ontem “serenidade” enquanto se investiga o caso da suspeita de recolha de informações a refugiados ucranianos por russos com ligações ao Kremlin, de forma a não “alimentar suspeições e dúvidas”.
- O Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, expressou no domingo o “apoio contínuo” à Ucrânia por parte da UE, que está a preparar o sexto pacote de sanções contra a Rússia.
UE reitera “apoio contínuo” a Kiev e prepara mais sanções contra a Rússia
- Rússia considerou o colapso parcial de uma ponte ferroviária na região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia como um “ato de sabotagem” que será investigado.
Rússia atribui colapso de ponte em Kursk a “ato de sabotagem”