Pavlo Sadokha, presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal (AUP), acusou, esta terça-feira, o PCP de adotar uma postura de “xenofobia” e “ódio” contra os imigrantes ucranianos.
“Para o PCP, todos os ucranianos que não aceitarem ser russos são neonazis”, afirmou Pavlo Sadokha, acrescentando que o partido tem veiculado que o povo ucraniano é “fascista” desde 2014, ano da anexação da Crimeia e do início do conflito no leste do país.
Em declarações à SIC Notícias, Pavlo Sadokha também indicou que o Alto Comissário para as Migrações ignorou os pedidos da associação para que deixasse de reconhecer como ucranianas organizações pró-russas. A resposta era que o Alto Comissário “não podia entrar na política”.
Descrevendo como um problema “grave” que refugiados ucranianos que cheguem a Portugal sejam recebidos por uma organização pró-Rússia, Pavlo Sadokha alertou para o facto de que possam existir “listas” nas mãos das autoridades russas.
Para o presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal, estas listas podem levar a que — quando os russos tomarem determinadas cidades ucranianas — saibam quem são os alvos, podendo estes sofrer represálias.
Além disso, Pavlo Sadokha revelou que a associação já não é contactada pelo Alto Comissário para as Migrações há cerca de um mês.
PCP diz que declarações da associação de refugiados ucranianos são “ódio fascizante”
Esta terça-feira, o PCP acusou a associação de refugiados ucranianos de “ódio fascizante” e também “reveladoras da natureza antidemocrática do governo de Kiev”, constituindo “uma intolerável afronta ao regime democrático em Portugal”.